domingo, 27 de setembro de 2015

FIM DE JOGOS - Olímpia e São Carlos vencem e complicam Grêmio e Assisense

Cláudio Messias*

Dois jogos encerraram, nessa manhã de domingo, a vigésima quarta rodada da Segundona 2015. O cenário dos grupos 4 e 5, na disputa da Segunda Fase da competição, mostra Fernandópolis, Manthiqueira, São Carlos e Olímpia muito bem encaminhados para disputar a Série A-3 em 2016. Caíram de produção e distanciaram do acesso São Bernardo, Inter de Bebedouro e Grêmio Prudente, antes favoritos.

Os do domingo só saíram na segunda metade da etapa complementar, em Olímpia e São Carlos. As redes do estádio Maria Tereza Breda foram balançadas por Douglas, aos 38 minutos finais, dando número ao placar simples que deu a vitória do Olímpia sobre o Grêmio Prudente. Jogo com a bola acertando as traves de ambas as equipes duas vezes, conforme acompanhamento feito pelo blogueiro na transmissão irreverente da rádio Espaço Livre 720 AM, de Olímpia.

Em São Carlos, o jogo realizado no estádio Luisão foi monitorado, apenas, pelo placar online da Federação Paulista de Futebol. Lá, Elton fez o único gol do jogo, aos 30 minutos finais. Vitória do São Carlos, que mantém os 5 pontos de frente em relação ao vice-líder Olímpia e está a duas vitórias de carimbar passagem para a disputa da Terceira Fase, que é justamente a final da Segundona 2015. Já o Atlético Assisense continua somando apenas 2 pontos, sem vencer na Segunda Fase.

O time de Assis tem, agora, 4 jogos em disputa. Precisaria vencer Taboão da Serra, Grêmio Prudente, Olímpia e Jabaquara e ainda torcer para que esses adversários percam seus confrontos, especialmente o Olímpia, que hoje tem 9 pontos a mais que o Falcão do Vale. Basta, nesses últimos 4 jogos, que o Olímpia vença um de seus confrontos para que o Atlético Assisense esteja matematicamente eliminado. E é bom que se ressalte que domingo que vem o Olímpia visita o igualmente irregular Jabaquara, em Santos, com grande chance de somar esses dramáticos 3 pontos.

Ao torcedor de Assis compete, agora, apoiar o clube nos dois jogos de despedida da Segundona 2015. Domingo que vem o jogo, no Tonicão, será contra o Taboão da Serra, hoje terceiro colocado, à frente do Grêmio Prudente. Daqui a três semanas, jogo de volta, também em Assis, contra o próprio Grêmio Prudente. Na rivalidade regional, uma vitória do Atlético Assisense nesse confronto em nada somará para eventual classificação, mas, com certeza, poderá representar a desclassificação definitiva do time de Presidente Prudente.

Entre os 12 clube que disputam a Segundona 2015 o Atlético Assisense só não é pior que o Lemense, lanterna do Grupo 4 com 1 ponto. Time de Assis soma 2 pontos de empates, no primeiro turno, com Taboão da Serra e Grêmio Prudente, ambos os confrontos fora de casa. A queda de desempenho do Falcão do Vale coincide com a janela de contratações permitida pelo Regulamento do torneio (cada agremiação pôde contratar 4 reforços, desde que dispensasse outros quatro), ocasião em que perdeu o meia-atacante Mateus Aguiar, negociado com o Sport Covilhã, de Portugal e artilheiro da Segundona quando de sua saída.

Quando encerrar sua participação na temporada 2015 o Atlético Assisense estará a praticamente 90 dias do início de planejamento do calendário de 2016. O time comandado por Carlos Alberto Seixas foi um dos primeiros a iniciar os trabalhos físicos e com bola na Segundona 2015 e colheu os frutos do entrosamento propiciado por esse tipo de planejamento. Clube sem investimentos elevados, porém iniciando uma estruturação profissional que pôde ser visualizada na disputa dessa Segunda Fase. A tendência, pois, é de um trabalho ainda mais sólido, que mira a valorização de jogadores nativos da região administrativa de Assis, com uma política de gestão que blinda comissão técnica e jogadores da exposição excessiva perante à opinião pública e, assim, permite mais foco e concentração nos objetivos.

A opinião do blogueiro é conhecida e sustentada. Sensação de que a chegada dos 4 reforços para a Segunda Fase deveria ter ocorrido em processo de transição, e não da forma abrupta como foi visto, logo de cara, contra o São Carlos, no primeiro turno. De qualquer maneira, para um torneio em que os times com melhor campanha na Primeira Fase ainda suam a camisa para ficar na zona de classificação de suas chaves, difícil seria, realmente, cumprir com o objetivo de chegar à Série A-3.

Um passo de cada vez, Carlos Alberto Seixas começou e terminou a temporada comandando o Atlético Assisense. Blogueiro não fez, ainda, esse levantamento, mas, preliminarmente, somente o Falcão do Vale, o Manthiqueira e o São Bernardo, ao que parece, não mudaram de comandantes nessa temporada. Time de Assis, agora, tem Seixas como vice-presidente, o que evidencia sua permanência na cidade ao menos por mais uma temporada - o treinador foi sondado pelo futebol mexicano. Figura carismática, Seixas ganhou a simpatia e a confiança de empresários, primeiro de Cândido Mota, agora de Assis. E tende a iniciar o projeto de 2016 com a cedibilidade de quem colocou Assis entre as 12 cidades com times na fase decisiva da Segundona 2015.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

SITUAÇÃO DE MOMENTO - São Carlos abre o placar: 1x0 no Atlético Assisense

Cláudio Messias*

A rede, enfim, balançou nessa manhã de domingo pela 24.a rodada da Segundona 2015. Para tristeza dos torcedores de Assis, gol do São Carlos. No estádio Luisão, Elton fez o gol dos mandantes aos 30 minutos da etapa complementar.

Esse placar confirma o favoritismo do São Carlos que, agora, mantém 5 pontos de vantagem sobre o vice-líder Olímpia e caminha a passos largos para garantir com antecedência a primeira vaga na final da Segundona 2015.

Prejuízo total ao Grêmio Prudente, que cai para quarto no Grupo 5 e vê cada vez mais distante, por mais uma temporada, o sonho do acesso à Série A-3.

Grupo 4 - Em Olímpia, Douglas, aos 38 minutos finais, fez 1x0 sobre o Grêmio Prudente. A prevalecer esse placar, as chances de classificação do Atlético Assisense passam a ser praticamente nulas, uma vez que, faltando 4 jogos e podendo somar somente 12 pontos, o Falcão do Vale está a 9 pontos do vice-líder Olímpia.

Crédito - O blogueiro acompanha o jogo Olímpia 1x0 Grêmio Prudente na transmissão da rádio Espaço Livre 720 AM, de Olímpia.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

SITUAÇÃO DE MOMENTO - Empates em São Carlos e Olímpia mantêm Grupo 5 'embolado'

Cláudio Messias*

Dois jogos encerram, nessa manhã de domingo, a 24.a rodada da Segundona 2015. Placares inalterados nos estádios Maria Tereza Breda, em Olímpia, e Luisão, em São Carlos. Respectivamente, empates sem gols nos confrontos Olímpia x Grêmio Prudente e São Carlos x Atlético Assisense.

O torcedor de Assis continua sem informações sobre o andamento dos confrontos que o time da cidade faz fora de seus domínios. Sem emissoras de rádio com suficiência ora política, ora comercial de enviar equipes esportivas para os decisivos jogos da Segunda Fase, resta ao assisense ficar deolho, apenas, no placar online da Federação Paulista de Futebol, fonte de informação igualmente questionável no quesito confiança, dadas algumas barrigas cometidas na temporada, envolvendo justamente jogos do Atlético Assisense fora da cidade.

Enfim, os empates favorecem diretamente ao Grêmio Prudente que, visitante, tira dois preciosos pontos do Olímpia, para quem perdeu, no primeiro turno, jogando no estádio Prudentão, em Presidente Prudente. Além disso, o empate em São Carlos segura eventual reação, milagrosa, do Atlético Assisense e significa o segundo empate consecutivo do atual líder, que poderia estar perdendo fôlego e, assim, acirrando as disputas, inclusive, pela vaga do Grupo 5 na final do torneio.

Ao Atlético Assisense, conforme já mencionado, não resta outra alternativa a não ser, no segundo tempo - que está em andamento -, fazer o gol da vitória. Caso haja vencedor no jogo Olímpia x Grêmio Prudente, o empate nessa amanhã em São Carlos já cessa, moral e virtualmente, as chances de classificação para a Série A-3.

Crédito - Na falta de emissoras de rádio cobrindo o jogo São Carlos x Atlético Assisense (mesmo em São Carlos não há emissoras trabalhando nesse domingo) o blogueiro está acompanhando o confronto Olímpia x Grêmio Prudente na transmissão irreverente da Espaço Livre 720 AM, de Olímpia. Grêmio Prudente melhor no primeiro tempo, com direito a acertar o travessão do gol do Olímpia na etapa inicial, durante cobrança de falta. Na etapa complementar, no momento, jogo equilibrado.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

sábado, 26 de setembro de 2015

SEGUNDONA BRAVA - Taboão vence Jabaquara e 'embola' o Grupo 5

Cláudio Messias*

Há detalhes que fazem do futebol um esporte único, se é que existe algum esporte que não seja único. Uma semana depois de vir a Assis e praticamente tirar da tomada do carregador de baterias que abastece os aparelhos a que se resumem as chances de classificação do Atlético Assisense na Segundona 2015, o Jabaquara vê suas próprias chances de avançar para a Série A-3, de 2016, igualmente resumidas ao mesmo milagre que precisa baixar sobre o Falcão do Vale.

Nessa tarde de sábado o Taboão da Serra voltou a jogar no estádio Vereador José Ferez, sua casa, depois de cumprir perda de mando de dois jogos, imposta pelo TJD. Recebeu o embalado Jabaquara e não fez conta do visitante santista que queria entrar na disputa por lugar no G-2 da chave. Vitória magra, por 1x0, gol de Rodrigo aos 40 minutos iniciais. Resultado, porém, que manda o Taboão para a terceira colocação, com os mesmos 8 pontos do Olímpia, vice-líder. O time de Olímpia leva vantagem no saldo de gols e entra em campo, amanhã, recebendo o quarto colocado Grêmio Prudente.

A derrota deixa o Jabaquara em situação delicada. O time de Santos estaciona nos 5 pontos e vê pelo menos dois adversários diretos pela segunda vaga da chave abrindo, no mínimo, 3 pontos de frente. Nessa conta, o Taboão já tem 8 pontos e 4 jogos restantes. O Olímpia, que recebe o Grêmio Prudente, tem esses 8 pontos e pode ir a 11, tornando ainda mais díspar a relação entre as campanhas desenvolvidas nessa abertura de returno. Resultado que interessa a quem está na parte de baixo da tábua de classificação é de empate entre Olímpia e Grêmio.

O fechamento da rodada ocorrerá com o jogo São Carlos x Atlético Assisense, nesse domingo, às 10 horas. O time de Assis tem dois fatores que, adversos, custam-lhe o projeto de 2015. Na ordem natural das coisas, a tendência é que o São Carlos, líder do Grupo 5, repita o desempenho do primeiro turno (placar de 2x0, no Tonicão), vença e dependa, a partir de então, de uma vitória e um empate para festejar a vaga na Série A-3. O outro fator, inverso, é que uma vitória em São Carlos representará a retomada do sonho, uma vez que há todo um returno pela frente e pode, sim, haver reação do Falcão do Vale.

Na Primeira Fase o Atlético Assisense soube aproveitar as oportunidades que surgiram. Tirou pontos importantes, por exemplo, de adversários mais badalados, como Vocem, Noroeste e Grêmio Prudente, o que rendeu classificação antecipada para a fase atual. Nesse domingo, caso volte a ser o Falcão do Vale da Primeira Fase e devolva a derrota ao São Carlos, provocará uma confusão que ora beneficia, ora prejudica os cálculos de quem já estava encomendando o chope para a festa. É bom que se ressalte, agora, que o São Carlos, apesar de somar 13 pontos e liderar com 5 pontos de folga em relação ao Olímpia, pode ver essa diferença cair para 2 pontos em eventual tropeço, em casa, na abertura do returno, desde que o time de Olímpia derrote do Grêmio Prudente na mesma rodada.

Aos comandados de Carlos Alberto Seixas não resta outra estratégia a não ser fazer de cada um dos 5 jogos do returno um desafio em separado. O primeiro desafio é vencer o São Carlos e, depois, parar o embalado Taboão da Serra, na semana que vem, em Assis. São 5 jogos e a necessidade de 5 vitórias, o que garantiria, matematicamente, a classificação. Os mais céticos podem entender isso como improvável, mas, basta analisar a campanha do próprio São Carlos, que em 5 jogos no primeiro turno venceu 4 e empatou 1 para, na soma geral, abrir 5 pontos de vantagem na ponta.

Atlético Assisense com oportunidade de tirar pontos dos algozes diretos do primeiro turno. Seria, sem dúvida, uma das maiores reviravoltas da história das divisões de acesso do Campeonato Paulista. Para um clube que pela terceira temporada consecutiva avança de fase é a confirmação de que o caminho, sólido, está traçado. Falcão do Vale já fez, novamente, história. Chegou onde chegou sem apoio político e calando aqueles que, com a mão no bolso, secaram mas tiveram de engolir choro e sapo ao mesmo tempo.

Amanhã, ao meio-dia, o resultado final em São Carlos representará o resgate do sonho ou a despedida matemática do sonho do acesso. Seja qual for o placar, a realidade maior é que valeu, sim, a pena torcer pelo time que tem as cores oficiais da cidade, voltou a bater os próprios recordes de público no Tonicão e hoje tem cadeira na condição de um dos 12 melhores times da Segundona 2015. Um clube equilibrado, com política de gestão pés no chão e que, com certeza, caso não dê para classificar, já deixa clara a expectativa de que em 2016 o trabalho, reestruturado, nos dará, no mínimo, as mesmas alegrias de 2015. E, convenhamos, a essa altura do campeonato, olhando para o retrospecto da temporada, nós, torcedores do Clube Atlético Assisense, temos muito mais a comemorar do que a lamentar. Os anti que continuem mordendo-se, pois restam-lhes, apenas, opções de visitar as postagens sobre o rival e, de forma desequilibrada, esbravejar.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação perla ECA-USP.


domingo, 20 de setembro de 2015

FIM DE JOGO - Atlético Assisense toma a virada em casa e mostra ter ido longe demais

Cláudio Messias*

Existem momentos em que o melhor é parar tudo, reconhecer os erros e replanejar a vida. Parece ser esse o momento do Atlético Assisense, que dá sérias demonstrações de que chegar à Segunda Fase da Segundona 2015 é o máximo, em produção, que o planejamento do ano poderia render.

Nessa manhã ensolarada, e quente, de domingo o Falcão do Vale chegou a estar na frente do marcador, ante ao Jabaquara, no Tonicão. Confronto entre os lanternas do Grupo 5, de maneira que quem vencesse aproximaria, em pontos, do G-2, indo para o returno em condições de ao menos brigar pela segunda vaga na chave na Série A-3 do ano que vem. Partida sem transmissão por emissoras de rádio, pois a Cultura AM, que vinha cobrindo jogos no Tonicão, trocou o jogo por programa gospel tradicional do horário e da emissora.

No primeiro tempo esse sonho do acesso era do Atlético Assisense. O mandante fez 1x0 aos 26 minutos, através de Everton. No início da etapa complementar, contudo, mais uma pane característica dos comandados de Carlos Alberto Seixas, e o gol de empate sofrido com menos de 10 minutos. A virada do visitante Jabaquara saiu logo depois. Outros dois gols ainda sairiam, um para cada lado. Com os 3x2 fora de casa, é o time da Baixada Santista quem, agora, entra na briga pela segunda vaga no Grupo.

A derrota mantém o Falcão do Vale nos mesmos 2 pontos, fechando o primeiro turno sem uma vitória sequer. Só não é pior que o Lemense, do Grupo 4, que soma 1 ponto. Time de Assis fez três jogos como mandante, no Tonicão, e decepcionou sua fiel torcida com três derrotas. O único resultado surpreendente foi o empate, em Presidente Prudente, frente ao Grêmio. Muito pouco em se tratando de audácia necessária para avançar para a Série A-3.

De utopia a alienação, o sonho do time de Assis esbarra logo no primeiro confronto do returno, em São Carlos, frente ao único invicto entre os 12 clubes que disputam a Segunda Fase. Difícil acreditar que quem perdeu para o Jabaquara em casa vá somar ponto ou pontos frente a um São Carlos que, nesse domingo, quase venceu o Olímpia atuando parte do jogo com um atleta a menos (esse jogo terminou empatado em 1x1). Cabe ressaltar que um mero empate em São Carlos já elimina, matematicamente, o Falcão do Vale, que passa a somente cumprir tabela nos demais 4 jogos restantes.

Agora, para classificar, o Atlético Assisense precisa vencer todos os 5 jogos do returno, incluindo, aí, confrontos em São Carlos e Olímpia, e ainda secar os demais adversários diretos. Somente assim somaria os 17 pontos necessários para carimbar, com muita combinação de resultados, o passaporte para a Série A-3. Pontuação, aliás, que o São Carlos pode atingir exatamente nas duas primeiras rodadas do returno, começando domingo que vem, sobre o time de Assis, caso mantenha a lógica e some os 3 pontos que o levariam a 16 pontos no total. Restaria, pois, um empate para o algoz de São Carlos .

Perfil de time em condições de brigar pelo acesso pode ser visto na Inter de Bebedouro. Derrotado no primeiro tempo, em Leme, nessa mesma manhã, o time de Bebedouro buscou a reação na etapa complementar e fechou o placar em 2x1 sobre o Lemense. Esse resultado valeu a reocupação da vice-liderança do Grupo 4, com os mesmos 10 pontos do líder Fernandópolis. Naquela chave, o badalado São Bernardo é, agora, apenas o quarto colocado, dois pontos atrás do G-2.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

INTERVALO DE JOGOS - Atlético Assisense vence, São Carlos e Olímpia empatam sem gols

Cláudio Messias*

Reta final emocionante na Segunda Fase da Segundona 2015. Manhã de domingo em conformidade com os planos traçados pelo técnico Carlos Alberto Seixas, do Atlético Assisense. No momento, com os jogos dominicais no intervalo, o Falcão do Vale sobe para a quarta colocação do Grupo 5 e, a três pontos do G-2, volta a brigar por uma vaga na Série A-3 de 2016.

O time de Assis está vencendo o Jabaquara, no estádio Tonicão, por 1x0, gol assinalado por Everton aos 26 minutos iniciais. Difícil ter parâmetros sobre esse confronto, pois a rádio Cultura AM, que transmitia somente os jogos realizados na cidade de Assis, não levou a equipe esportiva ao estádio. E por motivos relacionados a pesquisa, de doutorado, o blogueiro igualmente não está, hoje, queimando a moleira sob o sol escaldante dessa manhã de domingo no eternamente inacabado Tonicão.

É fato, apenas, que o Atlético Assisense chega aos planejados 5 pontos, igualando ao Taboão da Serra, mas, favorecido pelo saldo de gols (tem um gol negativo a menos). Faltam, ainda, 45 minutos para que os comandados por Seixas confirmem ou ampliem esse placar. Caso isso ocorra, o Falcão do Vale partirá, na semana que vem, para o returno, e com amplas possibilidades de voltar ao G-2, uma vez que terá, confronto direto com os adversários para quem perdeu pontos no início da fase.

No outro jogo da manhã, pelo Grupo 5, São Carlos e Olímpia fazem aquele que pode ser considerado um dos melhores jogos do torneio. O blogueiro acompanha a partida na transmissão da Rádio Espaço Livre 720 AM, de Olímpia, a única a cobrir o evento. Olímpia melhor em campo, sufocando o mandante São Carlos. Destaque para lance aos 47 minutos finais, em que a bola do ataque do visitante Olímpia acertou a trave e, na volta, teria acertado o braço de defensor do São Carlos. Muita reclamação e tensão no jogo. Houve, ao menos, três interrupções do jogo por confusão entre os jogadores das duas equipes.

Ao Atlético Assisense interessa, nesse jogo, a vitória do mandante São Carlos. O empate, contudo, interrompe a sequência de 100% de aproveitamento do São Carlos e pode reacender as esperanças das demais equipes do Grupo 5 pela liderança da chave, posição que dá direito a disputar o título da Segundona 2015.

Fechando a 23.a rodada, pelo Grupo 4 há somente 1 jogo encerrando a rodada. O irregular Lemense continua ofuscando o belo trabalho da Inter de Bebedouro e, em casa, em Leme, faz 1x0 no estádio Bruno Lazarini. Inter, badalada na Primeira Fase, despenca em produção na Segunda Fase e está fora da zona de classificação.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

SITUAÇÃO DE MOMENTO - Atlético Assiense abre o placar no Tonicão: 1x0 no Jabaquara



sábado, 19 de setembro de 2015

SEGUNDONA BRAVA - Grêmio Prudente vence fora, pressiona Olímpia e embola Grupo 5

Cláudio Messias*

As máscaras continuam a cair na Segunda Fase da Segundona 2015. Dos quatro clubes cotados para subir à Série A-3 de 2016, só o Olímpia ainda respira a vaga. E, ainda assim, ao que parece, não por muito tempo.

Nos Grupos 4 e 5 da Segunda Fase as maiores surpresas, no momento, são o São Carlos e o Fernandópolis, que na fase anterior garantiram classificação somente na última rodada. O irregular Fefecê venceu, ontem, o Noroeste e assumiu momentaneamente a liderança do Grupo 4, com 10 pontos. Pode, ainda, ser superado pela Inter de Bebedouro, que nesse domingo visita o fraco Lemense, mas continuaria na vice-liderança, lugar hoje ocupado pelo igualmente surpreendente Manthiqueira, que fez 4x2 no favorito São Bernardo, agora, terceiro colocado. É a primeira vez no ano que o São Bernardo fica fora da zona de classificação.

No Grupo 5, do Atlético Assisense, o Grêmio Prudente foi a Santos e fez 2x0 no Taboão da Serra nessa tarde de sábado. O resultado mais interessante para o time de Assis, nesse confronto, era um empate, mas, com a vitória do visitante prudentino, a estratégia contia sendo somar 3 pontos de cada vez. Isso porque, na atual conjuntura, Olímpia e Grêmio Prudente empatam em 7 pontos, dois a mais que o Taboão. Mas o Olímpia ainda entra em campo amanhã pela manhã, fazendo o jogo mais interessante desse primeiro turno da Segunda Fase, em confronto direto com o até aqui invicto, na fase, São Carlos. Jogo na casa do líder da chave.

O Atlético Assisense entra em campo na mesma manhã de domingo, no Tonicão, com um olho no gato e outro no peixe. Precisa, por obrigação, vencer o Jabaquara e secar o Olímpia em São Carlos. Torcida, pois, que o São Carlos merecidamente dispare na liderança e deixe a briga pela segunda vaga da chave entre Olímpia, Grêmio Prudente, Taboão e, milagrosa mais viavelmente, Atlético Assisense. O único tropeço que o São Carlos precisa ter é daqui a uma semana, quando recebe o time de Assis, na abertura do returno da Segunda Fase.

Os comandados de Carlos Alberto Seixas dependem, não se pode esconder, de um desses milagres que só o futebol proporciona. Milagre esse nada relacionado a vitória sobre o Jabaquara, no Tonicão, nesse domingo. Vencer esse jogo é obrigação, uma vez que o empate praticamente elimina, moralmente, as chances de classificação. O milagre, no sentido figurado da palavra, está na difícil tarefa de ainda vencer, em casa, o Grêmio Prudente e tirar pontos de Olímpia e São Carlos, fora. Vencer o Taboão, em Assis, é outra obrigação moral que nem se discute.

A vitória desse domingo, sobre o Jabaquara, colocaria o Atlético Assisense com os mesmos 5 pontos do Taboão, e a dois do Grêmio Prudente. Na sequência, a pior das hipóteses mostra a necessidade de ao menos um empate com o São Carlos, fora, de maneira a receber o Taboão, daqui a 15 dias, podendo somar 9 pontos e decidir tudo no confronto com o Olímpia, fora. Esse, pois, tende a ser o jogo da vaga do Falcão do Vale, pois, caso vença - e isso é possível, tendo em vista o declínio do adversário no momento -, certamente estará na briga direta pela vice-liderança com o mesmo Olímpia e o Grêmio Prudente.

Alguns raros e excetos leitores ora duvidam, ora se entusiasmam com a matemática que, prognóstico puro, ainda dá chances de classificação ao Atlético Assisense. O blogueiro limita-se a reafirmar que são projeções de resultados, passíveis de cumprimento desde que o time de Assis assuma sua condição, desde a Primeira Fase, de juma das 12 forças da Segundona 2015. Equipe que começou a Segunda Fase mal, tropeçando, fruto da desnecessária mudança, logo de cara, com as 4 contratações permitidas pelo Regulamento. Corrigidas as falhas, aparentemente o time ganhou condições de reação. A hora de reagir chegou, e é amanhã, contra o Jabaquara. Depois, uma vitória por vez, ao ponto de resgatar aquele Atlético Assisense que somou mais pontos fora do que dentro de casa, no returno da fase anterior.

Aos mais céticos, uma lembrança do blogueiro: em 2005, ou seja, exatamente 10 anos atrás, a Santacruzense tomou uma piaba do Atlético Assisense no primeiro turno e virou para o returno na lanterna do grupo. Time de Assis na zona de classificação. Jogo de volta: 2x0 para a Santacruzense e, ao final do torneio, o time de Santa Cruz do Rio Pardo com reação histórica e vaga na Série A-3 de 2006, e o Atlético Assisense eliminado em mais um projeto forte que não deu certo em Assis.

A Segunda Divisão é o fundo do poço do futebol paulista exatamente por isso: falta de regularidade das equipes que disputam. Já temos, hoje, clubes com dificuldade para pagar salários na Segunda Fase, equipes em crise interna, de gestão, e projetos esmoronando. É a chance de o Atlético Assisense, com sua política pés-no-chão implantada por Carlos Alberto Seixas, tirar proveito das intempéries alheias e chegar. Nem que esse seja um desses milagres que acontecem a cada dez anos na mais varziana das divisões do Campeonato Paulista.

Ausência - Compromissos com a pesquisa de doutorado impedem o blogueiro de ir ao jogo Atlético Assisense x Jabaquara, nesse domingo. Coleta de dados envolvendo pesquisadores parceiros em outros seis países exige presença, nesse domingo, à frente do computador. A torcida, contudo, é por uma vitória do Falcão do Vale, que tem, sim, condições de continuar na briga pela vaga. Ao final da tarde, na postagem, do Blog, com os resultados consolidados, a expectativa é que o Olímpia tropece frente ao São Carlos e o time de Assis esteja a 2 pontos do G-2. Se isso se confirmar, será difícil segurar o voo do Falcão. Eu acredito, pois o trabalho é honesto e equilibrado, do bem.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

BAIXARIA - Prefeito de Prudente hostiliza arbitragem após empate com Assisense e Grêmio vai parar no TJD

Cláudio Messias*

Havia uma razão para o não lançamento da súmula do jogo Grêmio Prudente 1x1 Atlético Assisense, realizado no sábado à tarde. Os relatos das ocorrências do confronto foram tornados públicos somente nessa segunda-feira, em com uma novidade: diretamente no TJD. É para lá, no território do tribunal, que foi parar mais uma cena protagonizada pelo prefeito de Presidente Prudente, Milton Carlos de Mello, conhecido por Tupã, homonimamente à sua cidade natal.

Um verdadeiro teatro de horrores foi protagonizado no pós-jogo que barrou a reação do Grêmio Prudente na Segunda Fase da Segundona 2015. Vindo de terceira troca de treinadores na temporada e com séria ameaça de, novamente, ver morrer na praia as esperanças de chegar à Série A-3, o time prudentino foi envolvido em um imbróglio sem precedentes ao menos na jornada atual da Segunda Divisão. É bom que se ressalte, porém, que os relatos em súmula constam de narrativa unilateral das circunstâncias, de acordo com ponto de vista do árbitro Magno de Sousa Lima Neto, sem direito a versão, igualmente formal, do outro lado envolvido e-ou acusado.

O epicentro do verdadeiro terremoto que incidiu sobre o estádio Prudentão após o jogo de sábado envolveu uma suposta ação do árbitro assistente Rafael César Fernandes. Curioso é que ele despertou a ira do prefeito de Presidente Prudente, mas passou praticamente despercebido da crítica tanto de cronistas esportivos daquela cidade, quanto dos próprios atletas do Grêmio. Todos, após fechados os 98 minutos de bola rolando - recorde da Segundona 2015 -, lamentaram o gol sofrido aos 48 minutos finais, ou seja, nos acréscimos, fruto de desatenção dentro de campo, e em momento algum apareceu qualquer crítica diretamente ao trabalho da arbitragem.

Mas, Tupã, o prefeito, viu na ação de Rafael Fernandes o motivo principal do empate com sabor de derrota do Grêmio Prudente. Relata o árbitro Magno de Sousa Lima Neto que Tupã dirigiu-se ao vestiário da arbitragem, após o jogo, e postado à frente da porta, que encontrava-se aberta, soltou um enredo de palavrões e acusações que, caso procedam, remetem a um desequilíbrio emocional incompatível com a função de um representante eleito com o voto popular para o exercício de gestão de uma cidade da importância de Presidente Prudente. A variedade de repertório de xingamentos e ofensas é tamanha que o blogueiro, em vez de descrevê-la, opta transcrevê-las, na íntegra do que está registrado na súmula. E como esse tipo de documento está disponibilizado para acesso público, a íntegra representa que não serão omitidos, em grafia, os palavrões proferidos e, de acordo com o árbitro do jogo, atribuídos ao prefeito Tupã. Segue:

"Ao término da partida o prefeito da cidade de Presidente Prudente se dirigiu ao vestiário da arbitragem e parado de frente à porta do vestiário que estava aberta proferiu as seguintes palavras: " Eu quero falar com o bosta do assistente Rafael que jogou o projeto de uma cidade no lixo, e não vou sair daqui sem falar com esse bosta, porque eu sou o prefeito da cidade e ele não pode vir aqui e fazer o que ele fez e sair como se nada tivesse acontecido, são pessoas como vocês que afundam o futebol, por isso que a federação paulista está do jeito que está, eu sou inimigo declarado da federação paulista de futebol e pode falar lá que vou que sou oposição ao Marco Polo Del Nero que está acabando com o futebol do interior", neste momento eu me dirigi à porta do vestiário, e o avisei que iria fechá-la para continuarmos realizando o nosso trabalho. Ao deixarmos o vestiário da arbitragem e nos dirigirmos ao estacionamento para pegar o carro da FPF, e durante todo este trajeto o prefeito da cidade Sr. Milton Carlos de Mello, vulgo "Tupã", juntamente com o seu filho e o presidente do Grêmio Prudente, Sr. José Bueno Fernandes Neto, provocavam e insultavam o assistente nro 2 Sr. Rafael César Fernandes, onde o prefeito proferiu as seguintes palavras: "Ta contente...ta contente, seu vagabundo, sem vergonha, filha de uma puta, você tinha que ter vergonha na sua cara pra poder fazer isso seu filho da puta, seu filho nasceu esse ano e você tinha que ter vergonha de ser ladrão deste jeito seu cuzão, seu bosta, vagabundo, você é um bundão e seu nome já está na mão do Reinaldo, sabe porque, porque você acabou com o projeto de uma cidade, seu bosta, seu merda", enquanto isso o filho do prefeito proferia as seguintes palavras em posse de um celular em suas mãos "Você vai morrer seu filho da puta, estou vendo aqui seu filho de uma puta covarde, que você tem filho e tem esposa, teve filho agora né seu cuzao, você não merece ter filho e ter esposa seu ladrão, você é um bosta, volta pra sua casa agora desse jeito seu filha da puta, seu filho não merecia ter nascido de você e sua mulher deve estar com outro agora seu bosta", e o presidente do clube também se dirigindo ao assistente nro 2 proferia as seguintes palavras: "Você já veio aqui mal intencionados seu vagabundo, já liguei para o Reinaldo e o Cel. Marinho pra falar da merda que você fez aqui hoje, você ta deixando 50 pessoas desempregadas seu cuzão, e o Cel. Marinho vai até Santos no Jabaquara e não tem coragem de vir aqui". Ao colocar as malas no porta-malas do carro da FPF que conduzia a equipe de arbitragem o prefeito continuou com as ofensas ao Sr. Rafael Cesar Fernandes, falando muito próximo ao seu rosto com o dedo em riste proferia as seguintes palavras "Seu bosta, seu bosta, seu monte de merda, você acabou com o projeto de uma cidade, seu monte de merda", quando o assistente já estava dentro do carro ele tentou forçosamente abrir a porta que estava travada, proferindo as seguintes palavras "Você não é machão, sai aqui fora seu machão, bundão do caralho, você acabou com o projeto seu monte de bosta, filho da puta", foi no momento que entrei dentro do carro e saímos do estádio. Relato ainda que durante todo o assédio do prefeito, do seu filho e do presidente do Grêmio Prudente ao Sr. Rafael César Fernandes, não revidou com palavras ou gestos, se mantendo todo o tempo em silêncio durante as agressões verbais recebidas e o policiamento atuou de forma muito passiva não contendo em nenhum momento a ação dos mesmos."

Confira, a seguir, link com a íntegra da súmula, lançada no site da Federação Paulista de Futebol às 10h29 dessa segunda-feira, dia 14: Clique aqui

Alguns pontos desse relato, em súmula, chamam atenção. Quem é do exercício do jornalismo ou tem em sua práxis profissional a reprodução de excertos ou parte de enunciados de outrem sabe, e bem, o quão difícil é assimilar e guardar, com detalhes, falas completas tão longas quanto as registradas ao final do empate Grêmio Prudente 1x1 Atlético Assisense. Logo, a reprodução fiel ao que foi proferido fica comprometida, o que em nada reduz ou atenua a interferência, truculenta, do prefeito de uma cidade contra uma equipe de arbitragem de torneio profissional (nem que fosse futebol varziano ou amador esse comportamento se justificaria). Tamanho volume de detalhes em fala seria fidelizado com eventual gravação de áudio, o que não aparece em súmula.

Outro fator que chama atenção é o fato de, na própria súmula, o árbitro Magno Neto relatar que as ofensas começaram nos vestiários e, depois, tiveram desdobramentos no estacionamento do estádio, já no veículo utilizado para deslocamento ao jogo. Evidente, pois, que a súmula não foi preenchida nem lançada, online, nas instalações do estádio, como via de regra ocorre. Em casos como o de sábado, a impossibilidade de lançamento da súmula, via internet, deve ser justificada no próprio documento. E não há essa justificativa na súmula, apesar de o motivo estar indiretamente, ou seja, subjetivamente exposto e de conhecimento público.

Evidente, também, que a súmula foi preenchida tempo suficiente, depois, para a construção dos enunciados, que são longos e precisos. Ao ponto de somente no final, na última linha, ser observado que o policiamento militar, apesar da seriedade das supostas agressões verbais, nada ter feito para impedir os desdobramentos relatados.

Como as acusações feitas pela arbitragem recaem sobre o prefeito Tupã e seu filho, José Bueno Fernandes Neto, presidente do Grêmio Prudente, a representação no TJD tende a incidir sobre o clube, que passa a ficar exposto a punições ainda a serem conhecidas em citação cuja divulgação pode ocorrer ainda nessa semana. Nada, contudo, ao menos preliminarmente, relacionado a perda de pontos ou prejuízos na atual classificação do time, atual quarto colocado no Grupo 5.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

SEGUNDONA BRAVA - São Carlos vence jogo adiado, fora de casa, e mantém sobrevida do Assisense

Cláudio Messias*

O Atlético Assisense não tem do que reclamar da sorte nessa quarta rodada da Segunda Fase da Segundona 2015. O time de Assis empatou jogo nos acréscimos, sábado, em Presidente Prudente (1x1 com o Grêmio), viu o cada vez menos favorito Olímpia ser derrotado em casa pelo Taboão da Serra (1x0) e, ontem, em jogo adiado por causa do mau tempo, foi contemplado com vitória do São Carlos (2x1), em Santos, sobre o Jabaquara.

O resultado dessa segunda-feira beneficia o Atlético Assisense porque segura o Jabaquara nos mesmos 2 pontos que o time de Assis. A essa altura, o melhor a fazer é torcer para que o São Carlos, definitivamente, mantenha a trajetória meteórica dessa Segunda Fase (até aqui são 4 jogos e 4 vitórias) e seja, merecidamente, o finalista do Grupo 5 no torneio. Essa estratégia só muda daqui a duas rodadas, quando São Carlos e Atlético Assisense voltam a se enfrentar, dessa vez em São Carlos, abrindo o returno. Falcão do Vale, nesse jogo, precisando ser a zebra tirando pontos do líder. Já o São Carlos, caso nesse jogo mantenha os 100% de aproveitamento, já estará moralmente assegurado na Série A-3, com 18 pontos.

Quis, também, a tabela da Segunda Fase que Atlético Assisense x Jabaquara seja o duelo do próximo final de semana, no estádio Tonicão, em Assis. Confronto direto que pode parecer, em um primeiro momento, disputa para decidir quem fica na lanterna do Grupo 5. Olhando por outro prisma, porém, o vencedor subirá para 5 pontos e, dependendo dos outros resultados da chave, manterá distância suficiente em relação ao vice-líder para, no returno, brigar pela outra vaga na Série A-3. Isso porque São Carlos x Olímpia se enfrentam e pode haver nova derrota do vice-líder Olímpia, enquanto no outro confronto deparam-se Taboão da Serra x Grêmio Prudente. Um empate nesse jogo seria o resultado dos sonhos daquele que vencer o duelo Atlético Assisense x Jabaquara.

Para os planos do time de Assis há outros elementos que começam a pesar a favor. O fato de o jogo em Santos, mandado pelo Jabaquara, ter sido realizado somente ontem, devido às chuvas que caíram na Baixada Santista no final de semana, provocou atraso no planejamento do próximo adversário do Falcão do Vale. Derrota para o São Carlos na segunda e jogo, no domingo, contra um adversário que jogou no sábado e, portanto, dispõe de três dias a mais de descanso e preparativos para o confronto direto. Isso, somado, ainda, ao fato de o Jabaquara ter de sair de Santos e enfrentar quase 600 quilômetros de viagem até Assis.

A lógica da classificação do Atlético Assisense continua a mesma. Para chegar à Série A-3 de 2016 o time de Assis precisa, além de vencer o Jabaquara, ir para o returno sem o direito de sofrer derrotas. E, nesse ínterim, vencer os dois jogos que realiza como mandante, ante Taboão da Serra e Grêmio Prudente, e superar-se o suficiente para vencer ou Olímpia ou São Carlos, na casa desses adversários. A esse bojo soma-se, obviamente, vitória sobre o Jabaquara, em Santos, na última rodada. Dependendo do cruzamento de resultados a classificação até que chegaria com empates em Olímpia e São Carlos, porém essa seria tão somente a segunda parte do milagre.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

domingo, 13 de setembro de 2015

EU, DA ESCUTA - Sertão está virando mar na Segundona 2015


AUSÊNCIA
Aos trancos e barrancos o blogueiro segue na rotina de encontrar tempo para, cá nesse espaço, fazer as postagens. Saúde ainda fragilizada por uma anemia profunda, decorrência, ainda, da cirurgia cardíaca de fevereiro passado. Mas, parafraseando seo Messias, o patriarca, ferroviário aposentado igualmente cirurgiado cardíaco, somos aroeira, não eucalipto.

AUSÊNCIA II
Na semana passada a ausência do blogueiro era prenunciada por participação no Congresso Nacional da Intercom, no Rio de Janeiro. Viagem começou por São Paulo para cumprimento de disciplinas na USP e seguiria para o Rio na quinta, dia 3. Mas, pane geral levou ao Hospital Universitário, com retorno a Assis já na terça, dia 1.o. Nesse ínterim, além da frustração por não apresentação da pesquisa de doutorado para colegas do Brasil inteiro, dois compromissos perdidos: Corinthians x Fluminense, no Itaquerão, dia 6, e o Fla-Flu, no Maracanã, dia 6. Ambos os jogos com ingressos comprados. E a vida segue.

RESQUÍCIO
Esse período todo fora do Blog foi interrompido para o confronto Grêmio Prudente 1x1 Atlético Assisense. A sintonia, sempre, é na rádio Comercial AM. Blogueiro pegou o final do confronto, exatamente quando o Falcão do Vale, nos acréscimos, fez o gol de empate. Tempo, também, de ouvir o comentarista da emissora definir, com voz cautelosa, que o time de Assis "é muito ruim". Ok, combinado. Dois times ruins, portanto, já que o Grêmio se deu ao luxo de não vencer aquele que por ora define-se como sendo ruim.

INTERNACIONAL
Mateus Aguiar estreou no Sporting Covilhã pela Segunda Liga, de Portugal. Ele entrou aos 22 minutos finais, nesse sábado, no empate de 1x1 com o Farense, no estádio José Santos Pinto, em Covilhã, cidade que fica a Norte de Portugal, próxima a Coimbra e Porto e nos arredores da fronteira com a Espanha.. O gol do Sporting foi marcado por outro brasileiro, Flávio Paulino, aos 38 minutos iniciais. Foi justamente no lugar dele que Aguiar, lá batizado como Mateus Gurreiro, entrou. O Farense saiu na frente no placar, aos 31 minutos iniciais, ou seja, cedeu o empate aos donos da casa sete minutos depois.

INTERNACIONAL II
Mateus Aguiar soma-se a um grupo de 4 brasileiros no Sporting Covilhã, que disputa uma espécie de Série B do Campeonato Português. Também estão tentando a vida em Portugal, na mesma agremiação, Victor Massada, quarto zagueiro, e Davidson, volante. Aguiar deixou o Atlético Assisense ao final da Primeira Fase da Segundona 2015 e mantém-se como artilheiro da equipe na temporada, com 11 gols. O atacante, de 20 anos, ainda é o quarto colocado na artilharia da Segundona, atrás de Du Gaia, do Grêmio Prudente (16 gols), Hygor, do Nooeste (15 gols) e Eric, do Jabaquara (12 gols).

INTERNACIONAL III
O próximo jogo do Sporting Covilhã pela Segunda Liga será dia 30 de setembro, em casa, recebendo o Braga B. Até aqui o time de Mateus Aguiar fez cinco jogos na temporada 2015-2016. Goleou o Oriental (7x1) na estreia, depois fez 1x0 no Farense, perdeu em casa para o Chaves (0x1), voltou a perder em seus domínios, para o Sporting B, e ontem fez novo 1x1 ante ao Farense. Na Liga II, é apenas o 22.o colocado e está na zona de rebaixamento.

BOCA SUJA
Jogador do Grêmio Prudente deu uma de Gil (ex-Corinthians e ex-Cruzeiro, atualmente no Juventus, da capital paulista) e após o jogo com o Atlético Assisense lamentou o resultado, de empate, com um sonoro "put* que pariu", ao vivo. Kairo, que já passou pelo Falcão do Vale, deu entrevista logo em seguida e, mais comedido, teve bom senso e educação para dizer que o seu Grêmio Prudente, na realidade, tem sofrido gols bobos nos últimos jogos.

BOCA SUJA II
Apenas para recordar - e fundamentar a associação das circunstâncias -, Gil, quando campeão pelo Cruzeiro, anos atrás, disse a um repórter de rádio que ter a roupa inteira retirada por torcedores, na comemoração, era uma circunstância normal. E completou com uma frase que tornou-se hit nas redes sociais: "em festa assim vale tudo, só não vale dar o c*". O repórter mineiro, indignado, lamentou que o desaforo tenha sido proferido em uma emissora de rádio católica, como se palavrão coubesse em ideologia religiosa.

TJD
Reforço para a Segunda Fase, Sérgio Lisboa poderá desfalcar o Atlético Assisense por mais de uma partida. Será julgado nessa segunda, no TJD da Federação Paulista de Futebol. A análise de seu caso foi adiada, pelo Tribunal. Expulso ante ao São Carlos, em lance considerado bobo, pode pegar dois jogos de suspensão. Um já foi cumprido. Enquadramento no Art. 254-A, parágrafo 1.o do CBJD.

VAZIO
O Olímpia parece expirar desconfiança de e em sua torcida. Nesse domingo o estádio Maria Thereza Breda recebeu 543 pagantes para a derrota (1x0) ante ao Taboão da Serra. Renda de R$ 7.655,00 em Olímpia, segundo a rádio Sinal 2.

SEM TETO
O Taboão da Serra pode ter um fator prejudicial na sua arrancada rumo à classificação, após a surpreendente vitória em Olímpia nesse domingo (1x0). É que o time tem, ainda, um jogo a cumprir, dentro da punição imposta pelo TJD, no final da Primeira Fase. Se contra o Atlético Assisense o Taboão mandou jogo em Santos, contra o Grêmio Prudente, sábado que vem, o confronto será igualmente no estádio Ulrico Mursa, casa da eliminada Portuguesa Santista.

REALIDADE PARALELA
O desempenho do Osvaldo Cruz nos torneios de categorias de base organizados pela FPF em nada condiz à vergonhosa disputa da Segundona 2015. No torneio Sub-15, por exemplo, o Azulão foi um dos 4 classificados na Primeira Fase, com 15 pontos, ficando à frente de Atlético Assisense e Vocem, eliminados. Aquele Grupo 1 teve Grêmio Prudente, Penapolense, Marília e Osvaldo Cruz classificados.

REALIDADE PARALELA II
Na Segunda Fase o Osvaldo Cruz quase classificou-se. Azulão somou 6 pontos e ficou a 1 ponto do Primavera, segundo colocado, no Grupo 16 do Sub-15. Naquela chave o líder foi o Santos, que somou 18 pontos em 6 jogos, ou seja, venceu todos os confrontos.

LUZ BAIXA
Desde a Primeira Fase, no confronto contra o Guarulhos, que a equipe da STI Esportes (grupo de comunicação que transmite jogos de clubes do ABC Paulista) reclama da falha no sistema de iluminação do estádio Baetão, casa do São Bernardo. Nessa sexta-feira essa situação, precária, foi parar na súmula do árbitro Rodrigo Gomes Paes Domingues, que contou quantas lâmpadas estavam queimadas: 29. O jogo São Bernardo 1x1 Fernandópolis teve início às 20 horas.

MENOS É MAIS
Mesmo na Segunda Fase da Segundona começam a aparecer escalações de equipes com número reduzido de jogadores, tipo de problema que assolou muitas das agremiações que disputaram a Primeira Fase. Nesse sábado o Lemense foi a Bauru com 16 jogadores listados, ou seja, um goleiro e quatro opções de linha no banco de reservas do técnico Marcos Lopes Mendonça. O adversário, Noroeste, tinha duas opções a mais de banco de reservas.

LIMPO
Noroeste 4x1 Lemense foi um jogo em que, além de cinco gols, o futebol apresentado contemplou os apreciadores desse esporte com 62 minutos de bola rolando. Melhor que isso, somente 20 faltas foram registradas, 5 delas cometidas pelo Noroeste.

LESMA
Vinte e quatro horas depois de encerrado o jogo Grêmio Prudente 1x1 Atlético Assisense a súmula da partida ainda não está disponibilizada no site da Federação Paulista de Futebol. Mesmo os jogos realizados nesse domingo já têm as súmulas lançadas. Existisse, ainda, a linha de trem Presidente Epitácio-Júlio Prestes e diria-se que a súmula estaria em uma das composições.

ROSA
A técnica Nilmara Alves Pinto obteve, nesse domingo, um dos maiores feitos em sua trajetória no comando da comissão técnica do Manthiqueira. Calou o estádio Sócrates Stamato, em Bebedouro, na vitória por 1x0 sobre a Inter. Melhor que isso, recolocou seu time na briga por vaga no G-2, dois pontos atrás do vice-líder Fernandópolis.

FORA DO AR
O estádio Maria Tereza Breda, em Olímpia, voltou a ser assunto em súmula. Dessa vez, por não ter sinal de internet no vestiário. Quem relata é Júnior César Lossávaro, árbitro do jogo Olímpia 0x1 Taboão. Segundo ele, a comunicação de penalidades do confronto foi registrada manualmente.

PUXÃO DE ORELHAS
Raro e exceto leitor da Grande São Paulo ironizou, nas redes sociais, o blogueiro. Em legítimo espírito esportivo, perguntou se os jogos do Jabaquara não seriam, mais, realizados no estádio Espanha, "no bairro paulistano". A ironia, para quem não sabe, é que o Jabaquara é apenas homônimo do bairro da cidade de São Paulo. O Jabuca, como é conhecido na Baixada Santista, está prestes a completar 100 anos, em 2017, relação histórica dada ao Hespanha Foot Ball Club, seu primeiro nome. Claro, a bronha foi comida pelo blogueiro, em postagem cá, nesse espaço do "Eu, da escuta", na Primeira Fase.

ATUALIZAÇÃO
No decorrer da semana o Blog irá atualizar dois rankings: o das bilheterias e o da Classificação Geral. É em um desses parâmetros que se confirma que o Grêmio Prudente está, sim, com o projeto de acesso à Série A-3 ameaçado.

 NOTA  DEZ 
Para a técnica Nilmara Alves Piinto, do Manthiqueira, que recolocou o time na disputa por vaga no G-2. Uma mulher colocando muito marmanjo brucutu no bolso.

NOTA  ZERO
Àqueles que, eliminados pela bola, dentro do campo, agora reviram a lama atrás de pedras para atacar quem teve méritos por continuar na disputa.

FIM DE JOGO - Olímpia perde em casa e embola classificação do Grupo 5

Cláudio Messias*

Faltando uma rodada para o encerramento do primeiro turno da Segunda Fase da Segundona 2015 o cenário do Grupo 5 é de total indefinição. Nessa manhã de domingo o Olímpia confirmou não ser mais aquele embalado time da Primeira Fase e sofreu a primeira derrota jogando em seus domínios nesse campeonato. Mérito do Taboão da Serra, que chegou a 5 pontos, passou o Grêmio Prudente e encostou no G-2 da chave.

O gol do Taboão foi marcado aos 33 minutos iniciais, com Fernando Gaúcho. De penúltimo colocado no Grupo 5 o time da Grande São Paulo subiu para a terceira colocação. Cola no próprio Olímpia, que soma 7 pontos, e aguarda o confronto Jabaquara x São Carlos, que seria realizado nesse sábado, no estádio Espanha, em Santos, mas foi adiado para amanhã, devido à forte chuva que caiu na Baixada Santista.

De acordo com a transmissão da rádio Espaço Livre FM, de Olímpia, o resultado Olímpia 0x1 Taboão não correspondeu à realidade do jogo. O gol dos visitantes teria saído na única oportunidade criada, em lance incidental. É fato, apenas, que o Olímpia perdeu fôlego e já não convenceu na vitória conquistada em Assis, domingo passado, quando aproveitou-se de igual circunstância, marcando gol na chance que apareceu.

O resultado em Olímpia favorece diretamente o Atlético Assisense. Em postagem feita ontem o blogueiro apontou o empate como placar mais interessante, partindo da premissa de que dificilmente o Taboão venceria os donos da casa. Esse, por sinal, seria o resultado mais interessante, pois, apesar de colocar o Taboão na briga, pararia definitivamente o Olímpia, segundo colocado da chave. Sem pontuar, o Olímpia continua a 5 pontos do time de Assis e tende a continuar encontrando barreiras na trajetória rumo à Série A-3.

O primeiro obstáculo do Olímpia vem já na próxima rodada. O atual vice-líder visita o São Carlos, no confronto direto mais interessante do primeiro turno. Ao Atlético Assisense compete torcer pela disparada do São Carlos, emergindo o Olímpia em uma crise que certamente ecoaria no returno. Caso cumpra seu dever de casa sobre o Jabaquara, domingo, o Falcão do Vale pode reduzir para apenas 2 pontos a distância em relação ao G-2, desde que haja empate no confronto Taboão x Grêmio Prudente.

A missão do Atlético Assisense é árdua e depende, agora, de secar os adversários que estão melhor classificados. Ao menos nesse aspecto tem dado certo, com a queda de favoritismo antes lançada sobre Olímpia e Grêmio Prudente. O time comandado por Carlos Alberto Seixas dá sinais de ter estancado as falhas que levaram à fatídica derrota, em casa, para o São Carlos, na estreia. Daí a importância de vencer, e bem, o Jabaquara, que hoje soma os mesmos 2 pontos na classificação e ainda enfrenta, amanhã, o São Carlos.

Que fase! - Pau que bate em Chico tem doído em Francisco na Segundona 2015. Se no Grupo 5 os favoritos Olímpia e Grêmio Prudente já não têm mais como certificar o projeto de subir para a Série A-3, no Grupo 4 o cenário não é muito diferente. Nessa manhã de domingo a Inter de Bebedouro também foi surpreendido jogando em seus domínios. Perdeu, em pleno estádio Sócrates Stacato, para o Manthiqueira, pelo mesmo placar de 1x0.

Com a derrota a Inter sai mais no prejuízo do que o Olímpia. Cai para terceiro no Grupo 5, ou seja, sai da zona de classificação para a Série A-3. Iguala nos mesmos 7 pontos do Fernandópolis, mas perde no critério saldo de gols-gols marcados. Bom para o São Bernardo, o único dos 4 favoritos da Primeira Fase que lidera sua chave e caminha firme para o acesso.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECa-USP.

sábado, 12 de setembro de 2015

SEGUNDONA BRAVA - Atlético Assisense empata nos acréscimos, no Prudentão, e mantém sonho

Cláudio Messias*

Por motivos de saúde e, simultaneamente, de dedicação à pesquisa de doutorado, o blogueiro ficou dez dias fora da cobertura da Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Apenas monitoramento de resultados por esses dias, mas um cenário pouco diferente daquele vislumbrado duas semanas atrás. E o que é melhor, com prognóstico de que dá, sim, para o Atlético Assisense continuar sonhando com a vaga na Série A-3 de 2016.

Nesse sábado o Falcão do Vale deu importante passo para manter a sobrevida na Segunda Fase da Segundona 2015. Arrancou empate de 1x1 do Grêmio Prudente, em pleno estádio Prudentão, e continua a respirar, mesmo que por aparelhos, no sonho de chegar à Série A-3. A lógica diz que ainda é possível reverter o cenário desfavorável, no primeiro turno, e buscar uma arrancada que, milagrosa, levaria à segunda colocação do Grupo 5. Difícil, há de se reconhecer, mas não impossível.

O jogo no Prudentão teve gols no primeiro e no segundo tempo. O mandante Grêmio Prudente, de acordo com o placar online da Federação Paulista de Futebol - até as 21h33 desse sábado a súmula do jogo não havia sido postada no site da instituição -, saiu logo a 22 segundos de bola rolando, com Eliel. Se o gol do time da casa foi relâmpago, o empate do Atlético Assisense aconteceu no crepúsculo, a 48 minutos do segundo tempo, com Beiço.

O resultado, por um lado, manteve acesa a chama da esperança de o Atlético Assisense ainda planejar o acesso, e, por outro, freou o projeto do Grêmio Prudente de encostar no G-2. No universo do futebol, o time de Assis somou um ponto, enquanto o rival prudentino perdeu dois pontos na corrida em busca da classificação. O que isso traz de positivo para o Falcão do Vale? A resposta é: fôlego. Afinal, mesmo somando 2 pontos e na lanterna da chave o time de Assis encontra-se, hoje, a 5 pontos do vice-líder Olímpia, que ainda joga nesse domingo, recebendo o Taboão da Serra. O empate nesse confronto é o resultado mais aguardado.

Para o Atlético Assisense restam, agora, 6 jogos até o encerramento da Segunda Fase. O próximo jogo será no estádio Tonicão, daqui a uma semana, recebendo o Jabaquara. Se realmente quer fazer uso das chances, remotas, que lhe restam, o Falcão do Vale precisa começar matando um leão por rodada. E se tem de vencer o Jabaquara, que seja por pelo menos 3 gols de diferença, de maneira a zerar o saldo de gols, quesito de desempate no final da fase. Feito isso, o que resta é planejar o returno, com reação que, histórica, representaria algo já feito pelos comandados de Carlos Alberto Seixas nesse mesmo campeonato, uma vez que reagiu no final do primeiro turno, na Primeira Fase, e carimbou passagem para a Segunda Fase.

Agora, depois de perder dois dos três jogos como mandante nesse primeiro turno, resta ao Atlético Assisense devolver as derrotas para São Carlos e Olímpia, fora de casa, no returno. Pode parecer impossível para quem tem olhar cético, mas tem de ser factível para quem quer chegar à Série A-3. E a lógica dessas duas vitórias sobre os algozes desse primeiro turno está centrada no fato de os dois confrontos representarem, isoladamente, duelos que valem 6 pontos. Muito mais que somar 3 pontos - seis no total -, o Falcão do Vale estará tirando 3 pontos daqueles com quem quer duelar na hoje equilibrada briga pelas duas vagas do Grupo 5 na temporada 2016 da Série A-3.

Com o sonho ainda em pé o Atlético Assisense precisaria sair dos atuais 2 pontos e chegar, daqui a seis rodadas, a no mínimo 17 pontos para, ainda assim, comparar suas contas e ver, com outras agremiações, quem tem mais garrafas vazias para vender. Ideal, mesmo, é somar 18 pontos, mas para isso o time de Assis precisaria abandonar a irregularidade e não mais sofrer derrota no trajeto. Na ordem sucessiva de resultados seriam necessários os resultados: vitórias sobre Jabaquara, São Carlos, Taboão da Serra, Olímpia e Grêmio Prudente. Dependendo da confirmação dessa milagrosa combinação de resultados os 18 pontos seriam obtidos mediante troca, de maneira a vencer o Jabaquara, fora, na última rodada, e trabalhar com a hipótese de, visitante, o Falcão do Vale empatar em Olímpia ou São Carlos.

Há, ainda, muita água a passar por debaixo da ponte. Um mês atrás todos os olhares ficavam voltados para Olímpia e Grêmio Prudente, nesse Grupo 5, e hoje o São Carlos, com 100% de aproveitamento, tende a ser um dos finalistas da Segundona. Essa mesma chave tem desempenhos polarizados nas atuações de São Carlos e Olímpia, de maneira que em eventual tropeço simultâneo dessas duas equipes e êxito dos demais colocados da chave, tudo ficaria embolado. Momento exato para, então, o Atlético Assisense, à peculiar maneira de Carlos Alberto Seixas trabalhar, vencer seus confrontos, resgatar o futebol-força do returno da Primeira Fase e assumir, sim, a condição de patinho feio da Segunda Fase. Melhor ser patinho feio e chegar à Série A-3 do que chorar altos investimentos, trocar de técnico três vezes e soltar palavrões por tomar gol aos 48 minutos do segundo tempo.

Segundona, meu amigo, é divisão de terra-de-ninguém. No fundo do poço do futebol paulista você prepara a cama querendo sonhar com o acesso, dorme achando que já está na A-3 e acorda amargando mais um planejamento para o ano seguinte, ou seja, à volta à estaca zero.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

RECESSÃO - O contraditório na anunciada crise da Prefeitura de Assis

Cláudio Messias*

A necessária harmonia entre os poderes formalmente constituídos pelas políticas públicas é ora uma utopia, ora uma alienação. Em se tratando de relação entre Executivo e Legislativo a instabilidade é fator de marca ainda mais premente nesse cenário. Nem sempre um prefeito termina um mandato com o mesmo apoio proporcionalmente negociado no início, numa Câmara.

Nessa primeira semana de Setembro a cidade de Assis tem a notícia de que o prefeito dos 15 mil votos foi à Câmara anunciar que precisará do apoio do Legislativo para terminar aqueles que parecem ser os melancólicos 16 meses finais de sua despedida da Prefeitura. Pode não ser a pior crise político-financeira da histórica da Sucupira do Vale, mas há algo de inédito nessa iniciativa de tornar público o caos utilizando o espaço popular que tem a incumbência exatamente de fiscalizar o dito Poder Executivo.

Difícil, em Assis, saber a realidade que sai de gabinetes, secretarias e departamentos públicos ligados à Prefeitura, uma vez que o tal Poder Legislativo rateia verbas entre sedentos veículos de comunicação e, assim, o que se lê, ouve e assiste, em se tratando de mídia, na cidade, jamais corresponde ao que se pode chamar de algo próximo da realidade, o que não significa dizer que a imprensa local mente. Eis a mídia corporativa municipal. E é tanta pintura de que a cidade está bem e que a gestão é das melhores que, agora, fica difícil convencer aqueles, ludibriados pela mídia comprada, de que algo realmente sério esteja ocorrendo e precise-se do apoio de cada dito munícipe.

A tônica do discurso de Ricardo Pinheiro na primeira segunda-feira do mês era de que o Poder Executivo, agora, precisa do Poder Legislativo para sair da crise. No site JSOL, editado pelo vereador Reinaldo Nunes, o Português do PT, consta que o prefeito dos 15 mil votos não citou números da crise que estaria assolando os cofres da Prefeitura e que poderiam tornar seus últimos 16 meses de governo mais apáticos do que já foram os até aqui dois anos e oito meses de questionável gestão do dinheiro público. Prevalece dúvida sobre a honra de governante e súditos? Não totalmente. Mas, há algo de contraditório nisso tudo.

E já que Pinheiro falou em dificuldade de lidar com o dinheiro público, inevitável recordar daquele janeiro de 2013. Foi quando o então prefeito eleito chamou a mídia corporativa municipal para anunciar algo que está fazendo exatamente agora. Ou melhor, refazendo. Negociar com fornecedores à base da retórica do "devo, não nego; pago quando puder". Só que no primeiro mês de seu trágico governo havia uma desculpa: a gestão acabara de ser repassada por um antecessor que sequer apareceu para repassar o bastão ou a chave do cofre. Agora, passados dois anos e meio, se a situação continua igual ou pior, é porque a Prefeitura de Assis está nas mãos de pessoas erradas ou, mais grave, incapacitadas para a função de fazer o Poder Público Municipal oferecer para a população de 100 mil habitantes aquilo que as riquezas locais geram de receitas em forma de tributos.

O prefeito dos 15 mil votos parece não gostar de revelar números. Naquele janeiro de 2013 ele usou microfones e páginas impressas da mídia corporativa municipal para lamentar a situação em que encontrou as finanças da Prefeitura, mas, até hoje prevalece uma dúvida sobre o tamanho do rombo em que se encontravam os cofres do município naquele início de gestão. Não é exclusividade sua, pois Bolfarini não delatou Santilli, que por sua vez não delatou Bolfarini, que depois não delataria Santilli, que também não delatou Bolfarini, posteriormente não delatado por Nóbile, igualmente não delatado por Spera. Nessa ordem sucessiva, não seria Pinheiro o delator de Spera. Nós, que colocamos essas peças no Paço e geramos os impostos que sustentam toda essa parafernália, é que não sabemos, mandato após mandato, o tamanho do buraco em que se encontram as contas da Prefeitura. Demoramos, por demais, a entender que eleger prefeito em Assis tem representado assinar cheque em branco a desconhecido dono de boas conversa, aparência e gogó.

Agora, faltando exatamente um ano para que a fogueira das eleições municipais que decidirão o próximo prefeito de Assis pegue definitivamente fogo, Ricardo Pinheiro novamente declara uma crise que aparentemente não tem números. Mas, para um chefe do Executivo ir ao espaço do Legislativo chorar crise, é porque realmente deve haver algo de errado em um fator básico na economia em geral, seja ela doméstica, empresarial ou pública: o dinheiro que está entrando não está sendo suficiente para cobrir aquilo em que se está gastando. Em resumo, a equipe capitaneada por Pinheiro está gastando mais do que arrecada. Fosse numa empresa com CNPJ e a demissão seria passível de justa causa. Nas aulas de matemática, zero, com direito a recuperação.

Que o país passa por uma crise semelhante à que outras nações, inclusive do bloco da zona do Euro, atravessam, disso todos sabemos. A produção industrial caiu, fecharemos o ano com PIB negativo, o desemprego voltou a aumentar e os governos federal e estadual fecharam as torneiras dos repasses de verbas complementares. Esses fatores podem parecer suficientes para justificar uma crise como a que Assis estaria atravessando, conforme discurso de Pinheiro. Mas, não é bem Assis. Não somos pólo industrial de nada, nosso índice de desemprego não corresponde à média nacional e nossas verbas recebidas dos governos federal e estadual são condizentes ao que produzimos em impostos. Afora isso, a essência da nossa economia interiorzona capira, com muito orgulho, é o bendito e abençoado A-GRO-NE-GÓ-CIO. Somos uma região essencialmente agrícola, ou seja, pertencemos ao setor da economia que, na contra-mão da tragédia histórica assinada pelo PT para o país nesses últimos 'treze' anos, está produzindo, empregando, exportando e ajudando a impedir que o país afunde ainda mais na lama que a incompetência, agregada à corrupção, construiu.

São os dois últimos fatores apontados como razão para o caos local que fazem o blogueiro tentar entender a crise que estaria assolando a Prefeitura de Assis. Verbas federais e verbas estaduais. E que essas verbas não sejam entendidas como donativos que dependam da boa vontade da presidente Dilma ou do governador Alckmin. Pinheiro, portanto, tem, mensalmente, uma fatia considerável dos recursos de seu Orçamento advinda fixamente sob o amparo legal. Chova ou faça sol, esses repasses caem nas finanças da Prefeitura.

Difícil dizer o quão, proporcionalmente, os números que serão citados abaixo correspondam no bolo das finanças municipais de Assis. Pouco dinheiro não é, e para ter um parâmetro fiel, legal, necessário seria fazer, formalmente, solicitação, via protocolo, na Prefeitura, dos números pontuais das receitas geradas pelo município, o que demanda, burocraticamente, dias ou, em alguns casos, semanas ou, até mesmo, meses de espera. Importante ressaltar, mais uma vez, que tratam-se de números parciais. Por que correspondem a um valioso parâmetro, veremos adiante.

O que vemos, de fato, é que a Prefeitura enviou à mesma Câmara, nesses últimos anos, uma ordem crescente, sucessiva, de Orçamentos que inter-relacionam receitas e despesas cada vez maiores. E não se trata de exclusividade do prefeito dos 15 mil votos. Seu antecessor já havia, no último ano de mandato, enviado à Câmara Orçamento inferior ao do segundo ano de mandato da atual gestão (cabe ressaltar que um prefeito, quando assume uma Prefeitura, administra orçamento enviado ao Legislativo por seu antecessor).

Ou seja, se o município está gastando muito, em 2015, é porque em 2014 a equipe capitaneada por Ricardo Pinheiro entendeu que o dinheiro em caixa seria suficiente, nesse melancólico penúltimo ano de poder, para cobrir os gastos. Pensa-se que um ano atrás o suco servido a atletas, dentro de uma pseudo política de apoio ao esporte no município, não constasse nas despesas como mera cortesia, que pudesse ser cortada sob os auspícios de uma eventual consultoria, de início de mandato, gestada pela F-GV.

Os números - Estamos em setembro e, portanto, passaram-se oito meses do ano de 2015. Nesse período, a Prefeitura de Assis recebeu, da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, R$ 34,1 milhões. Comparando, em igual período, aos anos anteriores, Ricardo Pinheiro não tem do que reclamar. Afinal, são os melhores primeiros oito meses do ano que a cidade registra desde 2010. Aliás, Assis recebeu repasses de recursos estaduais oriundos de arrecadação de impostos em ordem progressivamente positiva desde 2010. Só no mandato de Pinheiro foram R$ 30 milhões em 2013, R$ 32 milhões em R$ 2014 e, agora, R$ 34 milhões. Dois milhões de reais a mais por ano. E no comparativo com o mesmo penúltimo ano de seu antecessor Ezio Spera são exatos R$ 10 milhões a mais.

Os recursos advindos do Tesouro Nacional, ou seja, por mediação do Ministério da Fazenda e com co-relação do Ministério do Planejamento, são mais polpudos. E, igualmente, nos três anos de mandato de Ricardo Pinheiro o período de janeiro a agosto teve aumento no volume repassado. São, até agora, em 2015, R$ 42,5 milhões destinados pelo governo federal, correspondendo a Fundo de Participação dos Municípios, IOF, ITR, entre outros fatores estabelecidos pelas políticas públicas. Desde 2010 esses repasses só crescem, com a ressalva de o ritmo ter desacelerado, proporcionalmente, a partir de 2013, coincidindo com o início do mandato de Pinheiro. Ritmo desacelerado não significa redução de repasse, é bom que se diga.

Somando o que os governos estadual e federal repassaram, de janeiro até agora, são R$ 76,6 milhões. Há, ainda, quatro meses pela frente para que os repasses pinguem, semana a semana, nos cofres da Prefeitura de Assis. Se forem repetidos os números do ano passado, Pinheiro terá R$ 45,5 milhões do governo paulista e R$ 60,4 milhões do governo federal, totalizando R$ 105,9 milhões. E se o Orçamento do município para o atual penúltimo ano de mandato é de R$ 265 milhões, diga-se que em eventual confirmação - os avanços progressivos de repasses mostram que haverá crescimento nas verbas advindas - de R$ 105,9 milhões, parte da receita fixa estará garantida.

Necessário, pois, entrar no Orçamento que a equipe de Pinheiro enviou para que a mesma Câmara Municipal aprovasse a relação receitas-despesas da Prefeitura para o exercício de 2015. Só o Poder Executivo em si consome R$ 205,02 milhões do total, enquanto o Legislativo, ou seja, os vereadores, ficam com R$ 5,4 milhões. Os demais fatores de gastos são a Previdência Municipal (dos servidores), com R$ 35,4 milhões, a Fema, com R$ 14,3 milhões, a Autarquia de Esportes, com R$ 3,4 milhões e a FAC, com R$ 2,5 milhões. O eixo central da Prefeitura, portanto, exige R$ 205 milhões, ante verbas estaduais e federais com prenúncio de entrada equivalente à metade disso, ou seja R$ 105,9 milhões.

Mas, se pegamos o Orçamento de 2015 e comparamos com o de 2014, vemos que Ricardo Pinheiro e sua equipe trabalharam com projeção de entrada de receita a mais, no comparativo relacionado ao equivalente a metade de seu conturbado mandato. Dois anos atrás a projeção de receita era de R$ 229,1 milhões, mas para 2015 houve um salto para R$ 265,9 milhões. Teria o prefeito do PSDB acreditado sobremaneira no discurso petista, eleitoral, de que não haveria crise ou ameaça interna-externa alguma para 2015? Parece que sim, pois há exatamente um ano, quando a tucanada esbravejava quanto a um cenário internacional trágico, a Prefeitura de Assis, como que em uma realidade paralela, surreal, potencializava seu poder de gastos, prevendo, sabe-se lá com que parâmetro, que as receitas que cobririam suas despesas aumentariam em utópico índice recorde.

O salto de projeção de gastos para 2015 é preocupante, para não dizer desesperador. Pinheiro sai de despesas de R$ 4,6 milhão do Legislativo, em 2014, para os atuais R$ 5,4 milhões, ou R$ 1,2 milhão a mais. A Fema exige aporte de R$ 2 milhões a mais, e o Assisprev, R$ 3 milhões adicionais. Isso, em um momento em que o PIB nacional já despencara desde o mandato de seu antecessor, assim como o PIB paulista. Economia em recessão, mas não o suficiente para frear o otimismo com relação ao que a cidade de Assis tinha de poder financeiro para custear as próprias despesas.

Há, certamente, quem diga ou dirá que os números atuais, de repasses de verbas dos governos estadual e federal, corresponde ao presente, enquanto os Orçamentos são fruto de projeções. Tudo bem, realmente é assim que a máquina pública trabalha. E nesse aspecto, crê-se, não há conflitos. O que não pode, no momento atual, é um prefeito ir à Câmara, deixar recado no holerite de servidor público e cortar até suquinho servidor em quadra de esportes sob a alegação de que vem coisa pior pela frente. Há crise, todos sabemos. Mas, parece não haver dúvida de que houve viagem intergalática pela maionese quando pensou-se naquilo que poderia ser gasto.

O prefeito dos 15 mil votos e sua equipe parecem aquele grupo de turistas que projeta a viagem ao Caribe imaginando gastar 1-x no total. Quando iniciam a viagem, o dólar dispara, mas a reserva para o passeio continua a mesma. Chega na metade da viagem o dinheiro acaba e, por fim, cada um fica a olhar para o outro pensando a quem recorrer para que, ao menos, consiga-se voltar para casa. A permanecer essa situação, da forma como está, essa viagem está, sim, perto de terminar. E daqui a exatamente 15 meses e 22 dias. Resta saber se as bagagens já não terão sido usadas para barganhar o custo do retorno.






* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.