domingo, 19 de julho de 2015

EU, DA ARQUIBANCADA - Uma confirmação: o Falcão voltou! E a torcida, também.



PASSE LIVRE
Depois de um estresse na última ida ao Tonicão, nesse domingo o blogueiro entrou sem 'barreiras' na portaria do estádio. Polícia Militar presente, mas sem fazer revista. Policial apenas pediu para confirmar se o que havia dentro da capa, preta, era realmente uma maquina fotográfica. Mostrado que sim, blogueiro dentro do estádio. Pagando, claro, ingresso, como sempre fez.

PASSE LIVRE II
Uma medida preventiva, porém, foi adotada. Como a prancheta utilizada para anotações sobre a estatística dos jogos foi apontada, na última vez, como problema 'de segurança', dessa vez o objeto não foi levado. Prevalece a segurança, desmorona a liberdade de trabalho a favor da comunicação. Mas, que a prancheta fez falta, isso fez!

 PASSE NÃO LIVRE 
Radinhos de pilha, porém, continuam sendo barrados, resultado de mais uma parte da legislação, ridícula, que incide sobre o futebol no estado de São Paulo. Aparelhos de telefonia celular, que têm igual tamanho e, em alguns modelos, chegam a ser mais pesados que os inofensivos radinhos, entram normalmente.

ENQUANTO ISSO...
... a baixada do Tonicão continua sendo péssimo local para se obter sinal de telefonia celular. Logo, ouvir a rádio Cultura AM, que transmite jogos realizados em Assis, sem distinção de qual clube está atuando, fica praticamente impossível. Acessa-se, via internet, o site da emissora da Família Camargo, porém, quando chega-se às arquibancadas, o sinal cai.

 EM TEMPO... 
... a Cultura AM atua em faixa de amplitude modulada, que não pode ser sintonizada em frequência modulada, mesma faixa em que as bandas de telefonia móvel do país são habilitadas pelo Ministério das Comunicações. Logo, o comando 'rádio', por mais moderno que seja o aparelho celular, não pode sintonizar, via conexão com fones de ouvidos, uma emissora AM como a Cultura.

REFORÇO
O Atlético Assisense começa a colher os frutos da seriedade do trabalho comandado por Bahia e Carlos Alberto Seixas. Com salários pagos em dia, o Falcão do Vale estampa, a cada rodada, mais patrocinadores em seu uniforme. Nesse domingo, houve distribuição de brindes fornecidos por um patrocinador, contemplando quem esteve no Tonicão.

TESTEMUNHO
Com as goleadas aplicadas nos últimos jogos o Falcão do Vale levou, também, mais torcedores ao Tonicão. Ao todo, 379 torcedores pagaram para ver o empate de 1x1 com o Fernandópolis. Renda de R$ 3.015,00 que, ao menos, ajuda a bancar as despesas de realização de jogos no Tonicão.

FORÇA A MAIS
Havia duas torcidas organizadas no Tonicão nesse domingo. Além da tradicional Torcida Jovem, "As Maritacas" chegou ao estádio e, acanhada, acomodou-se no setor de cadeiras plásticas. No início, pelo fato de o mascote da organizada ser um papagaio (louro) verde, achou-se que poderia tratar-se de organizada vinda de Fernandópolis. Mas, na realidade, As Maritacas veio de Cândido Mota, em apoio a jogadores do Atlético Assisense que por lá fizeram amizade.

 EM TEMPO... 
... o Atlético Assisense mantém seu alojamento de jogadores em uma chácara, nos arredores de Cândido Mota. Com clima leve e sem fanatismos ou desequilíbrios, o Falcão do Vale conquistou a simpatia da vizinha cidade. E o apoio vem, agora, da população, de empresas e até do poder público municipal, que tira proveito da estada do clube que, hoje, é o segundo melhor do Grupo 1.

NÉ?
A língua preta que prevalece no setor de arquibancadas não perdoa ninguém. Quando o blogueiro chegou ao Tonicão e buscou o tradicional assento no setor que não contém cadeiras plásticas, ouviu de um dos torcedores bem humorados: "cuidado, ô do blog, que o bobo da corte vem te pegar!!!!!!!". Os risos foram gerais e, de quebra, o autor da mesma provocação lascou: "pega nada, fique tranquilo. Bobo da corte vem, mesmo, pra ver o melhor time jogar hoje".

NÉ? II
Com a rivalidade entre os clubes de Assis pautando as provocações sobrou até para quem apoia os projetos. Sabendo haver pessoas ligadas ao rival no estádio, torcedores do Atlético Assisense esbravejaram, em ironia, sobre o que definiram como "prefeita da Vila Operária" e Iforadoar. Tudo, emendado pela advertência, igualmente irônica, de que: "cuidado, fulano de tal vem te pegar", complementada com: "é só chamar o Zé que tudo está resolvido". Esse Zé é um sujeito oculto que defende-se , por via legais, de direito, daquele que, na contramão da proposta essencial do esporte, faz do futebol uma plataforma de ofensas pessoais.

SÓ PIPOCA
Torcedor entusiasmado lascou que a campanha do Atlético Assisense nesse returno é cinematográfica. Ao ponto de chegar ao estádio e sentir-se num cinema. Cadeira para sentar, uso obrigatório de óculos (de sol), pipoca com refrigerante para degustar e futebol de vice-líder para contemplar. Provocação, claro, pelo fato de nos jogos do Atlético Assisense não haver espetinhos de churrasco como opção para acalmar a fome de domingo.

CARO PREÇO
A opção do prefeito dos 15 mil votos por fechar apoio estatal a somente um dos clubes de Assis começa a soar como tiro pela culatra. Com a presença de Márcio Veterinário no Tonicão, nesse domingo, muitos torcedores profetizaram: "Quando chegar à Prefeitura, apoie os dois times". Márcio é visto como pré-candidato a prefeito de Assis em 2016. E o atual prefeito, pelo jeito, passa longe da reeleição na preferência dos boleiros.

COLÍRIO
No retorno a Assis, e ao Tonicão, a grata surpresa do blogueiro ao deparar com gandulas. Sim, as gandulas. Duas estudantes que, com a peculiar delicadeza feminina, repunham as bolas do jogo em frente à arquibancada do setor de cabines de imprensa do estádio. Mas, a fraqueza do quarteto de arbitragem era tamanha que o árbitro reserva, claro, deu bronca em uma delas, orientando que a reposição de bolas tanto para o time da casa quanto para o Fernandópolis fosse feita ao solo, e não com lançamento direto nas mãos dos jogadores. Educadas, elas nada falaram. Mas o blogueiro faz a parte: "vá catar coquinho, quarto árbitro!".

SORTE
O Atlético Assisense usou, de novo, os vestiários destinados aos visitantes do Tonicão. Essa estratégia vem sendo tomada desde a vitória no derby com o Vocem (2x0), no primeiro turno. E o uniforme utilizado em Assis continua sendo o branco. Muito bonito, por sinal.

SORTE II
Para o jogo de volta, no derby, daqui a duas semanas, o Atlético Assisense será o mandante do jogo e, portanto, terá o livre arbítrio para, assim como fez com os adversários dos últimos confrontos em Assis, utilizar o vestiário dos visitantes, colocando-os no do mandante.

MAQUIAGEM
E por falar nas instalações do Tonicão, o estádio realmente ficou bonito após a pintura. Aspecto de leveza. Mas, infelizmente, uma maquiagem para encobrir a insuficiência política local para cobrir o setor de arquibancadas e instalar uma iluminação anunciada pelo PSDB como liberada e à disposição do prefeito dos 15 mil votos.

FORA DO AR
Por mais que a Rede Vida queira transmitir jogos de Vocem ou Atlético Assisense em Assis, nessa temporada não dará. É que a emissora católica reservou o horário das 19 horas dos sábados, após a missa, para a transmissão ao vivo de jogos da Segundona. Para bom entendedor, 19 horas faz parte da noite e jogos noturnos requerem sistema de iluminação nos estádios. Coisa, claro, que o Tonicão, eternamente inacabado, nunca teve.

PACIÊNCIA
O técnico Carlos Alberto Seixas comprovou ser um treinador de opinião forte. No empate de 1x1 com o Fernandópolis, nesse domingo, ele foi pressionado a substituir jogadores que, parte essencial de seu sistema tático, eram criticado spelas arquibancadas. Não mexeu em suas peças-chaves e testemunho o surpreendente: a mesma torcida que criticava aplaudiu, em pé, o desempenho de jogadores e comissão técnica. Reconhecimento público pelo esforço de um coletivo de comissão técnica e jogadores que começou a temporada sem apoio algum da cidade e hoje coloca Assis na vice-liderança do Grupo 1.

AQUI, NÃO!
O jornalista, historiador e escritor Márcio Ribeiro é conhecido pela forma apaziguadora, do bem, com que se relaciona, seja no trabalho, seja na vida cotidiana. Dono de uma das mais belas vozes do rádio da região, Márcio é colaborador efetivo do Atlético Assisense, comandando o sistema de som do estádio Tonicão quando de jogos mandados pelo Falcão do Vale.

AQUI, NÃO! II
Nesse domingo, Márcio Ribeiro usou o microfone para mandar recado à comissão técnica do Fernandópolis. O radialista exigiu respeito da parte dos visitantes, que partiram pra cima de jogadores do Atlético Assisense no intervalo do jogo, quando o placar era de 1x0 sobre o Fefecê. Segundo Márcio, para ter respeito era necessário o Fernandópolis respeitar, primeiro, quem manda no Tonicão. Prevaleceu, pois, o lema da Torcida Jovem, organizada do Falcão do Vale: "O Tonicão tem dono".

AQUI, NÃO! III
Na confusão do intervalo o técnico do Fernandópolis foi expulso. E está na súmula do questionável árbitro da partida. Vai virar, pois, pauta no TJD.

 NOTA   10 
Para a diretoria do Atlético Assisense, que passou a semana pedindo, humildemente, apoio, nas redes sociais, para divulgar o jogo contra o Fernandópolis. Deu resultado, pois o clube bateu recorde de público no ano, justamente no momento em que um clube mais precisa de dinheiro em caixa, ou seja, reta final de fase de classificação.

 NOTA   ZERO 
Para o quarteto de arbitragem desse domingo, que confirma que os mediadores paulistas da aplicação de regras do futebol profissional estão muito, mas muito abaixo do que se considera ideal.

                  IMAGEM DA RODADA                


SABEDORIA - É unanimidade entre aqueles que acompanham a rotina do Atlético Assisense atribuir a Carlos Alberto Seixas a responsabilidade pelo equilíbrio com que o time tem se comportado nessa disputa da Segundona 2015. Avesso a polêmicas, o treinador pouco envolve-se em confusões, mesmo quando os jogos têm nervos acirrados em disputa, como ocorreu nesse domingo, diante do Fernandópolis. Seixas, ao contrário de seu colega de profissão Carlos Roberto Cardoso de Alcântara, do Fernandópolis, em vez de sustentar a confusão armada no intervalo do jogo, partiu para apaziguar as circunstâncias. Conseguiu colocar seus comandados no caminho para os vestiários e, assim, repetindo o desempenho regular de todo o campeonato, não ter jogadores advertidos com cartão vermelho. Somente Augusto, goleiro, recebeu cartão, ainda assim amarelo. Confirmando essa observação feita pelo blogueiro, no jogo, ou seja, dentro de campo e com a bola rolando, somente Carlos, do Falcão do Vale, foi advertido com cartão amarelo, ainda assim aos 48 minutos finais. Já o Fernandópolis recebeu 3 cartões amarelos. E é com esse perfil, via de regra humilde, que Carlos Alberto Seixas transita de comandante de um trabalho desacreditado pela cidade para a condição de dono da segunda melhor campanha do Grupo 1. Seixas tem um dos 10 melhores trabalhos da Segundona. De dúvida quanto a avançar para a Segunda Fase, o seu Atlético Assisense, agora, é visto como sério candidato a vaga na Série A-3. Humildade, pois, leva ao longe. Arrogância leva ao isolamento.

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