terça-feira, 30 de junho de 2015

EU, DA ESCUTA - A rodada do antes só do que mal acompanhado


SUSTO
O blogueiro acompanhou apenas parcialmente o desenrolar da décima primeira rodada da Primeira Fase da Segundona. Um sangramento provocado por úlcera no duodeno levou à emergência do Hospital João XXIII, aqui em Campina Grande, na madrugada da sexta-feira. Socorro feito a tempo, saúde restabelecida, alta nessa segunda-feira.

SUSTO II
A úlcera foi formada pelo uso do medicamento Somalgin, que tem como princípio ativo a aspirina. E a aspirina é um dos medicamentos listados como sendo de restrição total no meu pós-cirúrgico, uma vez que favorece no surgimento de coágulos e hemorragias, danosos à isquemia miocárdica de que padeço. Ironia é saber que a receita de Somalgin foi feita por cardiologista. A partir de agora, passo a tomar Atenolol, por ordem da equipe médica daqui.

FORÇA TOTAL
Cada vez mais sólido o trabalho da equipe de esportes comandada por meu amigo Gésner Dias, na rádio Comercial AM, em Presidente Prudente. Desde o jogo Grêmio Prudente 4x3 José Bonifácio os cronistas esportistas da emissora apontavam, com propriedade, a queda de rendimento da equipe da cidade. E cobravam mudanças. Perfeita a análise de que, na realidade, ninguém derrubou ninguém. Se Tupãzinho saiu, foi porque uma ordem de fatores corroborou para isso.

EQUILÍBRIO
Recebi convite para integrar, nas redes sociais, a torcida organizada Mancha Roxa, do Vocem, que resgata organização homônima dos anos 1980 e 1990, tendo como protagonista o saudoso Maguila. Aderi e recebi a interação de torcedores que sabem reconhecer a necessidade de neutralidade quando da cobertura do futebol profissional em Assis. Sou, pois, torcedor de Vocem e de Atlético Assisense. Sem pesar para uma parte ou para a outra. Feliz por saber que uma parte inteligente da torcida mariana tem o equilíbrio necessário para fazer do futebol um elemento apaziguador, e não de rivalidade desprovida de inteligência.

SOLIDARIEDADE
E nessa história toda de vislumbrar pelo em ovo através das postagens feitas pelo Blog, mediante manifestações nada inteligentes e-ou civilizadas, surgem contatos de apoio vindos de partes que têm a consideração do blogueiro. Como exemplo, setores instituições da própria Federação Paulista de Futebol. Fica, claro, o agradecimento às mais de mil pessoas que aos finais de semana cá visitam o Blog, mesmo sem a atualização de conteúdos necessária, como nesse final de semana.

INCOERENTE
O Fernandópolis venceu o Noroeste e mostrou que, mesmo irregular, tem condições de ao menos brigar por uma vaga na Segunda Fase. Mas, fora das quatro linhas, confirma-se legitimamente de Segunda Divisão. Arrumou uma baita dor-de-cabeça no TJD, vendo expulsos seu preparador físico e seu auxiliar técnico. Ambos quase esgotaram o vocabulário de palavrões contra o árbitro Jander André Bandeira, foram expulsos e devem, além dos salários, render prejuízo financeiro ao Fefecê em forma de multa.

CABEÇA INCHADA
Muito falava-se da saída do técnico João Martins do comando do Noroeste, apesar da reação do clube na Segundona. Com proposta de outros clubes, em outras competições, o treinador estaria de saída de Bauru. Se procede ou não essa possibilidade, é fato que João deva ser suspenso pelo TJD. Sexta passada, ao final do jogo e da derrota para o Noroeste, ele foi até o árbitro Jander André Pereira e lascou os 'elogios': "você é um fraco, safado, pipoqueiro, não aguentou pressão do time da casa".

MUITO É POUCO
O Bandeirante foi a Assis com somente 11 jogadores, no sábado, enfrentar o Atlético Assisense. Pior que a conhecida crise financeira, o clube de Birigui estuda jogar a toalha. Com jogadores em greve devido ao não recebimento de salários, o Bandeirante pode despedir-se da Segundona nesse domingo, recebendo o Fernandópolis, no histórico estádio Pedro Marin Berbel. Esse confronto foi transferido, a pedido do mandante, da noite de sexta-feira para a manhã de domingo, em uma tentativa de convencer o público a ir ao estádio. No total, o Bandeirante deve R$ 30 mil a jogadores e comissão técnica.

PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
Engana-se quem pensa que somente a dona Rede Globo manda e desmanda no futebol do Estado de São Paulo. A Rede Vida de Televisão escolhe aleatoriamente os jogos que quer transmitir na Segundona, em detrimento da vontade dos clubes, e estabelece seu horário: sábado, às 19 horas, depois da missa. Por exemplo, esse será o horário de Taboão x Suzano, no estádio José Ferez, em Taboão da Serra. Esse jogo seria no sábado mesmo, mas, às 15 horas. Pedido feito pela Rede Vida no dia 19 de junho transferiu o horário da partida. Pedido feito é pedido atendido, sempre. E o oprimido de hoje continua correndo o sério risco de ser o opressor de amanhã.

CHUTE
Na falta de plantonista esportivo no estúdio central a equipe esportiva da Cultura AM tem dado alguns chutes, errados. Sábado, por exemplo, o Diadema não mandou jogo no estádio Distrital da Inamar, na Grande São Paulo, como anunciado nas leituras, ao vivo, de atualizações de placar online da Federação Paulista de Futebol. Usou o Baetão, em São Bernardo do Campo, no mesmo Grande ABC. Nem todos os jogos do Diadema são disputados no Distrital.

CINTURÃO UFC
Com o passar das rodadas e, principalmente, o fato de as equipes que disputam a Segundona já se conhecerem devido ao cruzamento inicial no primeiro turno, alguns acertos de contas ao final de cada jogo fazem sobrar incoerência. Por exemplo, como explicar o fato de o técnico do Olé Brasil, Fabrício de Paula, invadir o campo, seguir em direção a um jogador do Olímpia e cobrir-lhe de pancada? Essa confusão toda está relatada na súmula do árbitro Edson Reis Pavani Júnior, no jogo realizado sábado à tarde, no estádio Palma Travassos, em Ribeirão Preto. Detalhe: o Olé Brasil, do técnico briguento, venceu o confronto por 3x2. Aparentemente, o árbitro ficou com medo de sair, depois, do vestiário, pois não registrou o nome do atleta agredido, justificando que o mesmo já estava sem camisa quando recebeu socos e pontapés.

OLHO VIVO
O Desportivo Brasil não para de registrar jogadores profissionais. Só nessa semana houve prorrogação de um contrato e inclusão de novo jogador no elenco, tudo registrado no BID, da CBF. Clube com maior elenco profissional entre os 30 que disputam a Segundona, o Desportivo, ao contrário da rodada anterior, entrou em campo contra a Inter de Bebedouro com 18 atletas. Insuficiente para reverter o quadro de uma das piores campanhas do certame, pois somou mais uma derrota: 0x1.

MOBRAL
No jogo Desportivo Brasil 0x1 Inter de Bebedouro houve dois registros que se destacaram na súmula do árbitro Caio César da Costa Melo. Primeiro, o total de apenas 18 faltas, sendo 10 cometidas pelo mandante. Depois, a justificativa de que dois minutos de acréscimo foram necessários devido a "paralizações". A ampla maioria dos jogadores com idade abaixo de 23 anos sabe muito bem que paralisação se grafa com "S", senhor árbitro.

VOLUME MORTO
O quarteto formado por Silvio Renato Silveira, Leandro Matos Feitosa, Evandro de Melo Lima e Michel Luciano de Lima saiu do estádio Antônio Soares de Oliveira sem passar pelo chuveiro. Árbitros do jogo Guarulhos 1x1 Portuguesa Santista, no sábado, eles registraram em súmula que não havia água nos vestiários. E fica, sempre, a pergunta: como pode um estádio desse passar por vistoria e ser liberado para receber jogos oficiais, dona Federação Paulista de Futebol. E nem dá, nesse caso, para chamar a Segundona de fundo do poço, pois, lá, metaforicamente, tem água.

MISTÉRIOS DO FUNDO DO POÇO
O jogo ECUS 0x5 Taboão da Serra teve uma substituição no mínimo atípica. Aos 24 minutos de jogo o zagueiro Lucas, do ECUS, passou a jogar no gol. O goleiro Bruno, segundo consta em súmula, saiu para a entrada de Yan, que fez a função de zaga de Lucas. Mas o goleiro reserva seria Gabriel. E Gabriel estava no banco de reservas. O ECUS é, hoje, o pior time da Segundona. Precisa explicar por quê?

ATRASO DE VIDA
O árbitro Marcos César Philomeno ficou, no mínimo, 14 minutos a mais no estádio Giglio Portugal Pichinin, em São Bernardo do Campo, para o jogo Diadema 2x3 Mauaense, disputado no sábado à tarde. Segundo o árbitro, foram 4 minutos para atendimento ao goleiro Paulo, do Diadema, ainda no primeiro tempo, e outros 4 minutos, por motivos diversos, na etapa complementar. Só que antes de a bola rolar, pra variar, não tinha policiamento no estádio. E o jogo ficou parado por 6 minutos.

ENTRANDO NUMA FRIA
Marcos César Philomeno não estava numa tarde muito feliz, sábado, em Diadema 2x3 Mauaense. Ele relatou em súmula que a água dos chuveiros dos vestiários do estádio Giglio Portugal Pichinin estava fria. Com inverno em pleno vigor em São Bernardo do Campo e em todo o Hemisfério Sul, digamos que o quarteto de arbitragem foi embora do Baetão sem o devido banho.

QUEM RI POR ÚLTIMO...
O São Bernardo tem uma das melhores campanhas da Segundona 2015, mas, concomitante, um dos jogadores mais sem-graça, para não dizer sem-noção. Trata-se de Mateus Oliveira, que após o empate em 1x1 com o Manthiqueira, dirigiu-se ao árbitro Carlos Fernando Moreira e, mediante aplausos irônicos, disse: "parabéns, você está feliz, seu palhaço". Recebeu cartão da mesma cor do próprio nariz, foi parar na súmula e com certeza terá, no TJD, ausência de motivos para tentar ser engraçado.

QUE FASE!
A situação para o Osvaldo Cruz está tão ruim nessa temporada que nem o sistema de som funcionou, domingo, no empate de 1x1 com o Vocem. Não foi, pois, executado o Hino Nacional.

QUE COISA!
As coisas parecem ter se reequilibrado dentro de campo para o Vocem, que voltou a brigar pela liderança do Grupo 1. Mas, em Osvaldo Cruz, no empate em 1x1 com a frágil equipe local, domingo, a comissão técnica do time de Assis perdeu o controle emocional e foi parar na súmula do árbitro Clayton de Oliveira Dutra. Segundo ele, terminada a partida, o preparador físico foi expulso por, na descrição da arbitragem, "ter me xingado de filho da put*, articulador e premeditado, protestando com gritos, de forma acintosa e gesticulando".

QUE COISA! II
O registro mais grave para o Vocem, que consta em súmula, condiz ao comportamento do que o ábitro Clayton de Oliveira Dutra descreve como sendo torcedores do clube de Assis. Diz o árbitro: "após o término da partida do lado de fora do portão de acesso ao vestiário de arbitragem diversos torcedores foram identificados com o uniforme da equipe Vila Operária Clube Esporte Mariano, protestando com xingamentos e socos na porta do vestiário. Já com a porta do vestiário aberta os mesmos arremessaram uma lata de cerveja em direção à equipe de arbitragem". Clayton Dutra recolheu o objeto e anexou à súmula. Nesse caso, segundo o Regulamento do campeonato, punição à vista para o Vocem e para o próprio Osvaldo Cruz, uma vez que há proibição de venda de cerveja em estádio e, mesmo que a lata em questão seja de bebida sem álcool, o vasilhame de alumínio não pode ser repassado ao torcedor, que deve receber o líquido em copo descartável. Interdição de estádio e perda de mando de jogo são algumas das punições passíveis de aplicação.

SEM SINAL
O registro das penalidades do jogo José Bonifácio 1x4 América, domingo, foi feito em papel e caneta. Segundo o árbitro Rogério Gustavo Garcia, havia problemas com o sinal de internet no estádio Antônio Pereira Braga, em José Bonifácio. E haja anotação em papel, pois foram 44 faltas no total, 24 delas cometidas pelo José Bonifácio. Afora isso, 9 cartões aplicados, um deles vermelho, para o América.

 NOTA  DEZ 
Para a equipe de esportes comandada por Gésner Dias, que faz da rádio Comercial AM, de Presidente Prudente, a mais profissional, até o momento, na cobertura da Segundona, especificamente no Grupo 1.

NOTA  ZERO
Para as ações extra-campo que em nada colaboram com os clubes; pelo contrário, prejudicam diretamente os trabalhos conhecidamente sérios de diretorias que matam um leão por dia para colocar os times em campo.



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