terça-feira, 19 de maio de 2015

SEGUNDONA - Bandeirante escapa de punição mais severa no TJD

Cláudio Messias*

O desentendimento entre um dirigente e a arbitragem no jogo Osvaldo Cruz 1x0 Bandeirante, dia 19 de abril, na rodada de abertura da Segundona 2015, teve julgamento, ontem à noite, no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paulista de Futebol. O desfecho atingiu os cofres do clube de Birigui, visitante naquela ocasião.

O desentendimento que originou o processo número 553/15, no TJD, começou no intervalo do jogo entre Osvaldo Cruz x Bandeirante, disputado no estádio Breno Ribeiro do Val, em Osvaldo Cruz. Hélio Eustáquio Geraldo, identificado como membro da diretoria do Bandeirante, foi relatado na súmula pelo árbitro Ederson Martins Deodato como autor de ofensas e ameaças, mesmo estando no gramado na condição de visitante.

As duas partes envolvidas continuaram se desentendendo, com o desfecho de comparecimento ao plantão policial, em Osvaldo Cruz, com a acusação do dirigente do Bandeirante de racismo por parte do árbitro da partida. O boletim de ocorrência não chegou a ser lavrado, mas o registro em súmula iniciou o processo no TJD, com enquadramento de Hélio Eustáquio Geraldo nos artigos 2548-B, 243-F e 258, parágrafo 2.o, incisivo II.

Os membros do TJD decidiram pela suspensão do dirigente do Bandeirante por 60 dias, período durante o qual Hélio fica proibido de frequentar praças esportivas no Estado de São Paulo. O clube também não escapou ileso, sendo multado no valor de R$ 500.

O Bandeirante faz, nesse ano, uma de suas piores campanhas na Segundona. É, passadas 5 rodadas, o último colocado no Grupo 1, somando apenas 1 ponto. No cruzamento de desempenho com os outros dois grupos, o clube de Birigui é o pior entre os 30 participantes.

Mais punições - A sessão do TJD na noite dessa segunda-feira teve outra suspensão polêmica que mereceu holofotes de toda a imprensa esportiva de São Paulo e do país como um todo. O jogador Dudu, do Palmeiras, foi julgado pelos mesmos membros do Tribunal e pegou 180 dias de suspensão por, na final do Campeonato Paulista, contra o Santos, ter agredido fisicamente e com palavrões o árbitro Guilherme Ceretta de Lima após ser expulso.

* Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre e doutorando em Ciências da Comunicação pela ECA-USP.

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