quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O meu dia de injúria na Centauro, no Marília Shopping


29 Maio 2012


Cláudio Messias*

Na coluna anterior postei, aqui nestas linhas, que Assis precisa aprimorar o quesito atendimento ao consumidor para, atingindo essa excelência, tornar-se o polo que aspira ser. E citei o exemplo de Marília, um polo econômico cuja associação comercial sempre primou por estimular seus cooperados a, à base de cursos de aprimoramento, melhorar o atendimento aos consumidores. O foco daquela Acim era e é o comprador que sai de cidades da região para consumir em Marília.

Na mesma semana em que postei aquele texto fui a Marília. Sábado pela manhã busquei, na Casa Sol, 14 peças de rodapé para o piso Durafloor de minha casa, que completa um ano de uma obra prevista para no máximo seis meses. Fui acompanhado por meus dois filhos, de 16 e 14 anos. E como a passagem pela casa de material de construção seria – e foi – rápida, estendemos, como de costume, a estada até o Marília Shopping, onde eu aproveitaria para comprar uma camiseta de clube de futebol que estivesse com menor preço em promoção.

O artigo esportivo é uma contribuição, minha, a meu orientando de trabalho de conclusão do curso de Jornalismo, o competente jornalista Nestário Luiz. O estudante, que às segundas-feiras apresenta, juntamente com Ítalo Luiz, o único programa de esportes, atualmente, no rádio assisense (Circuito Esportivo), fará o sorteio desse artigo esportivo como uma de suas etapas de pesquisa científica.

Chegamos ao Marília shopping às 11h37m29s (bilhete 12052611372902. E passamos na loja Centauro, onde desde há alguns anos compramos artigos esportivos, atraídos por promoções como a que, no passado, tinha camisa oficial do centenário do Corinthians, manga comprida, R$ 10 mais barato que a loja oficial do Timão, no mesmo shopping.

Logo de cara, contudo, o que nos chamou a atenção naquele sábado, 26/05/2012, foi uma promoção de camisas da Seleção Brasileira que, por sinal e coincidência, naquele momento jogava contra a Dinamarca e vencia parcialmente por 3 a 0. De R$ 249,00 por R$ 79,90. Eu e Vítor, meu filho mais velho, pegamos uma camiseta cada e fomos ao provador, até achar o número certo. Júlio, o mais novo, não é adepto de camisas de clubes nem seleções e apenas nos observava.

Escolhi a camisa do uniforme 2 da Seleção, que é um azul esverdeado ou um verde azulado, sei lá. E Vítor ficou com uma camiseta tradicional, amarela. Ambas com aquela faixa transversal no peito: a minha, na cor amarela e a de Vítor, verde. A camiseta que escolhi para trazer visando ao sorteio de Nestário Luiz era de um clube que, sinceramente, desconhecia: Queen’s Park, do futebol inglês, por R$ 29,90. E para completar a compra, uma bola de futsal Penalty, por R$ 29,90, e uma bomba de encher bolas, por R$ 19,90. Compra finalizada, fomos guiados até o caixa pela simpática vendedora que nos atendeu.

Aguardamos alguns minutos na fila, pois só tinha um caixa atendendo. Com o aumento da fila de pagadores entrou um rapaz no outro caixa e nos chamou. Produtos passados, número do CPF para colocar na Nota Fiscal Paulista e cartão de crédito disponibilizado para pagar, no preço à vista, em cinco parcelas. E o valor somado: quinhentos e poucos reais. Perguntei: “como assim?”. E o rapaz especificou, na tela, o preço de cada um dos itens. Cada camisa da Seleção estava saindo por R$ 249,00 e R$ 149,00. Apontei o equívoco da loja, e disse que as camisas estavam na promoção por R$ 79,90. Eis que o funcionário me diz que aquela promoção por mim citada era “a partir de R$ 79,90”.

Já passei por outras lojas nessa vida que são adeptas dessa política de colocar promoções “a partir de preço tal” em araras de roupas. Passei por essas lojas e passei raiva, pois você vai seco pensando que pagará pelo preço do cartaz da promoção e quando chega no caixa é informado de que o preço está na etiqueta, e não no cartaz fixado na arara. Não era, contudo, o caso da Centauro naquele sábado.

Naquela arara da Centauro havia clareza de que tratava-se de “De R$ 249,00 por R$ 79,90”, e não “A partir de R$ 79,90”. Ou seja, o funcionário também estava desinformado e viu isso quando lhe mostrei o cartaz da promoção. Por sugestão dele fomos até a arara e ele viu, com os próprios olhos, que naquele cabideiro estava a especificação “De R$ 249,00 por R$ 79,90”, e com a clareza da denominação “Camisa Seleção Brasileira”.

A partir de então começou um discurso que, sinceramente, eu jamais testemunhei, seja em minha vida de consumidor, seja em minha vida de jornalista. Segundo o funcionário da Centauro do Marília Shopping, além de ter sido fisgado pela promoção de camisetas da Seleção Brasileira eu teria de desconfiar daquela redução de preço de R$ 249,00 para R$ 79,90 e, com uma novidade que certamente precisa ser adicionada urgentemente no Código de Defesa do Consumidor, conferir um código numérico (75751208) colocado ao lado do pequeno cartaz que anunciava a promoção. Sim, acredite: segundo aquele funcionário da Centauro, para comprar você tem que gostar do produto, aceitar o preço e, principalmente, conferir se aquela camiseta que está comprando tem, no verso de uma etiqueta colocada dentro do artigo esportivo, um código de pelo menos 10 números que coincida com a promoção.

Claro, fiquei indignado com aquela novidade, anunciada pelo funcionário como que se esse tipo de prática seja comum, rotina, na Centauro. Pedi, então, que o gerente fosse chamado. Outra surpresa ainda mais estarrecedora: eu estava sendo atendido... pelo gerente. E a ele perguntei com clareza, para ter igual clareza na resposta: “e você concorda com isso, ou seja, que o seu consumidor seja induzido ao erro de pegar uma camiseta em promoção e ser submetido ao constrangimento de, no caixa, saber que aquela mercadoria não corresponde à promoção anunciada?”. E ele repetiu que sim, que não havia nenhum problema com a promoção e, sim, com a minha interpretação sobre os preços.

Mostrei, então, ao funcionário-gerente que no cabideiro exatamente ao lado, na mesma arara, estavam camisetas novas da Seleção Brasileira, lançadas neste ano pela Nike, ao preço de R$ 249,00. Ou seja: como pode o novo modelo estar o mesmo preço do modelo antigo, como constava na minha compra listada? Sim, os preços serem iguais não correspondem a nenhuma ilegalidade do ponto de vista dos direitos do consumidor. Compra quem quer. O que eu quis dizer e defendo daqui por diante é que aquela promoção do cabideiro exatamente ao lado existia e que as camisas ali postas deveriam sem vendidas ao preço anunciado.

As respostas do funcionário-gerente continuaram surpreendendo. Segundo ele, não há espaço suficiente na loja para colocar artigos esportivos nos respectivos cabideiros das promoções. Daí a necessidade de o consumidor conferir a promoção anunciada e atentar-se ao código da mesma, colocado na etiqueta. Veja só o exemplo citado por ele: “e se você pegar essa camiseta do lançamento, no cabideiro ao lado, e colocar nesse cabideiro da promoção e quiser levar por R$ 79,90?”, questionou. “Basta você consultar o seu sistema de câmeras e verá se eu ou outra pessoa anterior a mim fiz ou fez isso”, respondi a ele, que balançou a cabeça sinalizando negativamente, ou seja, discordando de minha resposta. Resposta, aliás, que foi antecedida por minha posição: “estou com os meus filhos e, pode ficar tranquilo, não é da minha prática agir dessa forma”.

Nessa circunstância, ou seja, quando cessam os argumentos, fiz aquilo que é de praxe, ou seja, agi. Cancelei a compra de todos os artigos e anunciei ao funcionário-gerente que a mim, consumidor, só restava acionar as ferramentas legais que estão ao meu alcance. Uma delas seria, por exemplo, exigir que me fossem vendidas aquelas mercadorias pelo preço anunciado, e não por um conjunto de códigos que devem, sim, servir de norte administrativo, interno. Cliente, consumidor, não tem que ficar decifrando códigos. Somos convencidos de concretizar a ação de consumo pelo preço e pela necessidade. É pelo preço anunciado que vejo se meu bolso tem ou não condições de atender a meu apelo de consumo. E naquele caso, meu objetivo de consumo nem eram as camisas da seleção, era o brinde que levarei a Nestário Luiz.

Optei, contudo, por não exigir que aquele funcionário-gerente me vendesse pelo preço anunciado na promoção. Pelo contrário, decidi, ali, tomar a decisão que com certeza menos interessa a quem dá emprego àquele funcionário: nunca mais comprar na Centauro, rede de lojas de quem eu era cliente havia anos, seja nos espaços físicos distribuídos Brasil afora, seja no site de vendas. Sei muito bem que a rede de lojas talvez não seja totalmente culpada, até porque ali, visivelmente, havia uma falha isolada na forma de aplicar a promoção das camisas da seleção. Um problema isolado, local, mas que coloca em xeque a organização chamada Centauro. Até porque quem decidiu ser irredutível foi o funcionário-gerente, naquela ocasião respondendo e decidindo pela empresa.

Na minha conversa com o funcionário-gerente sugeri que ele, ao retornar ao caixa para depois devolver as mercadorias que eu estava prestes a comprar, levantasse as informações sobre o quanto, no passado, eu já havia consumido ali, naquela mesma loja. Se ele fez isso, viu que perdeu um cliente que compra, sim, sempre em promoção. E faço isso sem constrangimentos. Bastava uma passada por Marília, mais especificamente no Marília Shopping, e lá ia o Cláudio Messias ver as promoções da Centauro. Prova disso é o próprio Nestário Luiz, a quem anunciei, na semana passada, que iria a Marília, estenderia a visita até a Centauro e lá tentaria encontrar camisa de clube a R$ 29,90 para ele sortear em seu programa esportivo na rádio universitária. Coincidência ou não, o funcionário-gerente teve o trabalho de devolver ao cabideiro a camisa de R$ 29,90 do Queen’s Rangers, que eu traria para a promoção aqui em Assis.

Desaforo superado, fui com os filhos até a praça de alimentação e, lá, comemos um Burguer King. Indignados com a situação anterior, nem fome tínhamos. E comemos o menor dos formatos de lanche daquela franquia. Ali, à mesa, minhas conclusões sobre aquela circunstância na Centauro mudaram. Meus filhos estavam indignados. E o que é mais interessante: mais indignados do que eu. Foi então que eles expuseram o motivo da revolta em relação àquele diálogo com o funcionário-gerente. “O cara duvidou da nossa honestidade quando disse que nós poderíamos colocar a camisa nova da seleção na promoção e, assim, tentar tirar vantagem”, disseram, uníssonos.

Fiz uma nova análise das circunstâncias e consultei o 190. Orientado, retornei à loja da Centauro do Marília Shopping e anotei as informações que constavam naquele mesmo cabideiro da promoção. Tudo estava exatamente ali, do mesmo jeito: nenhuma camiseta da seleção brasileira por R$ 79,90 e as demais com o preço de R$ 249,00. Pedi, então, para que uma funcionária me mostrasse uma camisa que tivesse o código da promoção. E ela me mostrou, com dificuldade para encontrar. E quando encontrou, eis a confirmação: mesmo aquele exemplar não tinha o preço de R$ 79,90, mas, sim, R$ 149,90.

Desta vez, contudo, o funcionário-gerente não veio. Eu não vi, mas meus filhos dizem que ele ficou nos olhando à distância, no setor de caixas. Informações anotadas, retiramo-nos do shopping e nos dirigimos ao plantão policial na avenida Santo Antônio, em Marília, onde fomos orientados a registrar queixa por injúria, o que fizemos já em casa, com calma, pela internet, no serviço de boletim online da Secretaria de Segurança Pública do Estado. E o que é ao mesmo tempo cômico e agravante nisso tudo: a investigadora que nos atendeu no plantão disse ter passado por situação semelhante à nossa, mas enganada por promoção do tipo “a partir de tantos Reais”. Segundo ela, na ocasião, deixou as mercadorias no caixa e foi embora, também para nunca mais voltar àquela loja da Centauro.

Não foi a primeira vez que me deparei com uma situação dessa vivenciada na Centauro do Marília Shopping. A anterior foi muito parecida, mas no Catuaí Shopping, em Londrina. A loja em questão era o Carrefour, que teve elogiável habilidade para resolver a questão. O ano era 2008 e eu retornava de uma tarde de aulas na UEL, onde cumpria créditos da especialização em Comunicação Popular e Comunitária. De Londrina passaria em Assis, pegaria minha família e retornaria ao Paraná, mais especificamente Santo Antônio da Platina, onde meu tio, Arlindo Messias, casaria-se pela segunda vez.

Passei no Carrefour para comprar o presente para o casal de tios. E vi um jogo de jantar que estava em promoção. “De tanto por tanto” (não me recordo os valores), considerei aquele preço muito bom. Cozinheiro que sou, compactuo com minha esposa uma mania de ter bons utensílios aqui em casa, pois permanentemente recebemos amigos para boa comida e ótima prosa. E aquele jogo de jantar, além de encaixar-se nas nossas necessidades do lar, ainda atendia a nosso gosto em qualidade e cor. E no preço, óbvio.

Comprei, então, dois jogos de jantar. E peguei as duas caixas na mesma gôndola, também chamada de prateleira. Na hora de passar no caixa vi que os preços lançados correspondiam a mais que o dobro do que estava anunciado na promoção. Questionei a funcionária, que acionou um mecanismo que trouxe uma bela moça, de patins, à minha presença. Fui, então, educadamente convidado a ir até o local onde pegara as duas caixas. Nos dirigimos à gôndola conversando tranquilamente, tendo a moça de patins um semblante de paz, com verdadeiro – e não estratégico – sorriso.

Mostrei à moça de patins que ainda havia mais unidades dos mesmos jogos de jantar, naquele mesmo preço. Ela, então, olhou determinada a outra gôndola, onde estavam jogos de jantar sem estampa. O preço, percebi, era maior se comparado ao dos produtos em promoção, como os meus, que tinham estampas coloridas. Fui, assim, conduzido novamente ao caixa pela moça de patins, que de forma tão educada quanto a recepção a mim ofertada, pediu que eu aguardasse mais alguns minutos, pois a gerente seria chamada.

Ficou, sim, uma situação de constrangimento, pois a fila atrás de mim era grande. E meus colegas de fila teriam de esperar tempo a mais do que o programado caso quisessem aguardar o desfecho de minha tentativa de compra. Apenas um casal que estava exatamente atrás de mim, na sequência da fila, permaneceu. E passados mais de dez minutos a gerente, mais séria porém não menos educada do que a moça de patins e a atendente do caixa, veio até mim e pediu novamente que eu fosse até aquela gôndola da promoção.

Àquela altura eu já chegaria, mesmo, atrasado ao casamento em Santo Antônio da Platina. Mas o fiz sem estresse, nem constrangimentos, tendo em vista o desfecho em Londrina. A gerente explicou-me que alguém havia trocado os cartazes da oferta, colocando o preço do jogo de jantar sem estampa, mais barato, no lugar do jogo de jantar estampado, que é mais caro. Portanto, a promoção era válida para os jogos de jantar sem estampa. A gestora colocou-se à disposição para conduzir-me à central de segurança daquela loja do Carrefour, onde estavam registradas as imagens tanto da pessoa trocando os cartazes de preço de lugar, como a minha, pegando licitamente os dois jogos de jantar com aquele preço imbatível. Considerei desnecessário, pois em momento algum houve insinuação de que eu teria feito a troca, de lugar, ou dos cartazes ou das mercadorias.

O que mais me surpreendeu foi a decisão da gerente, de manter o preço para os dois jogos de jantar mais caros, ao preço do mais barato, que já estava ainda mais barato pela promoção. Daí, pois, prevalece o bom senso de ambas as parte, inclusive da minha. Se ela assumiu parte do equívoco – e não erro -, eu tomei a iniciativa de assumir a outra parte. Paguei, portanto, o preço da promoção por um jogo de jantar e o preço normal, do estampado, em outro. E na divisão do preço total por dois continuei ganhando, enquanto o Carrefour do Catuaí Shopping continuou tendo um cliente que, quando passa por Londrina, dá lá sua esticadinha de trajeto até o shopping.

Dentro do faturamento das redes Centauro e Carrefour eu, único consumidor, ainda assim de marcas que não são as mais caras, sou uma pecinha talvez insignificante. Mas, enquanto ar passar dentro desses pulmões obstruídos pelo tempo, respirarei e expirarei consumo, ao passo que as referidas lojas irão respirar vendas e expirar tentativa de retorno de quem compra. Se as circunstâncias forem observadas a partir desse segundo prisma vejo o caos para a Centauro e o alento para o Carrefour. Até porque, caso houvesse uma oferta complementar ou, simplesmente, não houvesse a insinuação de que eu poderia ter colocado aquelas camisas da Seleção na arara da promoção, eu tivesse retirado esses artigos da lista, porém concluído o processo de compra e continuado minha relação de consumo com a empresa.

Não deixarei de comprar artigos esportivos por causa da Centauro. Apenas não comprarei mais nessa empresa. Mas clientes que foram enganados com a promoção das camisas da Seleção Brasileira podem repetir o meu caminho e, além de acionar formalmente a loja por essa infeliz ação de tentativa de venda, nunca mais voltar. Na contramão dessa situação, continuarei a comprar utensílios domésticos, precisando de jogos de jantar sempre em condições para comer as tortas e guloseimas compradas no Carrefour do Catuaí Shopping, e sabendo que, entre as tantas opções, uma das mais agradáveis é aquela onde uma moça de patins nos atende sorrindo e uma gerente atende exatamente dentro da práxis que a sua função exige: a habilidade de saber respeitar a circunstância em que um cliente decidiu pela compra na empresa que, sendo o lugar onde ela atua, depende exatamente dessa vivência de consumo.

*Jornalista, historiador e professor universitário, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.

FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA


OPORTUNIDADE

A estudante de Jornalismo Patrícia Dias é o mais novo alvo, em Assis, do estúdio de produção TV Marília, do competente Edson Joel. As conversas estão avançadas para que mais uma profissional da terrinha decole para o macro mercado da comunicação.

NO AR

Depois de Presidente Prudente, Marília. O SBT inicia a estruturação de mais uma regional de jornalismo. O SBT Marília cobrirá as praças de Assis e Ourinhos. Equipes em montagem e operação prevista para o segundo semestre.

ETERNIZANDO

Nilson Luiz Gomes, o Xuxu, eternizou online os mais de 30 anos dedicados ao rádio. Na plataforma www.longplay.com criou a rádio online Sergio Bocca, com programação ao legítimo estilo good times e a voz marcante desse locutor assisense que é um dos capítulos do da história do rádio brasileiro.

SHOW DE BOLA

Toninho Scaramboni continua sua trajetória de consagração nos bastidores do basquete nacional. Animador oficial do Jogo das Estrelas do NBB, agora ele repetirá a dose nos playoff finais. Dia 2 de junho será o animador da primeira final entre São José x Brasília, em Mogi das Cruzes, com transmissão pela Globo, às 10h00.

BOLA AO CESTO

Compactuei conversa em que foram traçados os pontos do projeto do NBA, chamado de Novo Basquete de Assis. Para 2013.

NOS TRÊS PAUS

Igualmente, o projeto, que tem o mesmo patrocinador, foca o futebol profissional, com a modernização das instalações do estádio Tonicão.

COPA AQUI

Caso a seleção da Itália se classifique para a Copa de 2014 e, nesse contexto, avance para a etapa eliminatória, terá uma semana de folga, segundo o calendário Fifa, igual para todas as seleções participantes. Nesse intervalo, passeio de turismo da delegação azurra por Pedrinhas Paulista.

DE PASSO EM PASSO

O portal Redecity não para de crescer. O projeto da jornalista Bruna Fernandes agora cobre Tarumã. O www.tarumacity.com já está no ar desde a semana passada.

CREDIBILIDADE

Neste 28 de maio o pico de acessos ao Assiscity.com atingiu 28.429 visitantes. Destes, 18.439 acessaram a trágica notícia sobre a morte de pai e filho, carbonizados, na rodovia Benedito Pires, entre Assis e Cândido Mota.

MEDIDA INCERTA

Baixei a casa dos 98 kg e cheguei a 97,8 kg, pesados nesta segunda-feira, 28. A cintura está nos 108 cm. Na rotina, hidromusculação de terça a sexta. As caminhadas matinais eu continuo devendo. E na alimentação a passagem por Floripa, mês passado, ajudou a superar a resistência ao consumo de peixe. Com paladar afiado, essa carne entrou definitivamente no nosso cardápio aqui em casa.

CÉU DE BRIGADEIRO I

Com a fusão Azul/Trip aquela primeira companhia aérea entra definitivamente na Grande São Paulo. Congonhas e Guarulhos passam a ser destinos a partir de Presidente Prudente e Marília. O voo de volta para essas cidades só partem de Cumbica.

CÉU DE BRIGADEIRO II

De Marília a Cumbica, por exemplo, uma passagem comprada para o final de junho sai por R$ 69,90 pela Trip, partindo às 5h45 e chegando às 7h05.


PERGUNTINHA BÁSICA

Depois de advogado, comerciante e médico, não está na hora de Assis ter um prefeito prefeito?

CAUSO

O ano era 1993 e Luiz Carlos Japonês, o nosso querido Japurunga, era motorista da rádio Cultura. Levava, para cima e para baixo, a equipe de reportagens e, de quebra, carona para um funcionário ou outro, táxi para parentes da família Camargo, entre outros afazeres daquele que, sem dúvidas, é o maior articulador do futebol varziano de Assis e região. Num início de tarde chuvosa, já passava de 12h30 quando recebo, na redação, ligação do Corpo de Bombeiros: acidente grave no Corredor da Morte. Júlio Garcia, Reinaldo Nunes e Rodrigo César Cocito, repórteres, já estavam todos com missão cumprida. E Japonês, sempre prestativo, atendeu no rádio da viatura da emissora. “Estou passando aí em dois minutos”, disse ele, anunciando para que eu descesse do primeiro andar e o aguardasse. Chegamos a um trecho pouco à frente do Auto Posto Palmital e lá estava a fatídica cena, aqui já relatada em coluna anterior. Um Gol, vindo de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, aquaplanou, bateu de frente em um caminhão, partiu-se em dois e matou quatro dos cinco ocupantes. Somente uma mulher, grávida, sobreviveu àquele engrossar de estatística do trecho Assis/Ourinhos da Raposo Tavares. Chuva fina no lombo, corpos em meio às ferragens e despedaçados na pista, tudo contribuía para que todos que trabalhávamos naquele cenário de guerra ficássemos em silêncio. Mas Japonês era curioso, contribuía primorosamente com os repórteres que acompanhava e, portanto, zanzava para cá e para lá, sempre muito respeitado pelos colegas de imprensa e pelos próprios policiais rodoviários e civis. Foi nessa condição que ele chegou em mim e, quando eu anotava informações a partir de documentos de uma das vítimas – o motorista do Gol -, serviço esse com a colaboração de um policial rodoviário, fez a seguinte observação: “você viu ali, a moela do cara?”. A circunstância não permitia riso, mas, comedidos, eu e o policial rodoviário informamos a Japonês que aquele órgão humano ali, no acostamento, muito provavelmente seria um fígado ou um rim, mas jamais uma moela. Era o jeitinho de ser de Japonês, uma das figuras mais amorosas da imprensa de Assis, com quem, em todos esses anos, compartilhei vivências de cobertura esportiva de Vocem, Assisense e futebol amador de Assis. Este causo, portanto, não é, nem de longe, um sarro ou sarcasmo com a imagem de meu amigo. É, apenas, o registro de uma ingenuidade que faz dele uma das almas humanas mais belas que conheço. Com muito orgulho, inclusive, sou, juntamente com minha esposa, Rozana, padrinho de casamento dele. Abençoados são aqueles que, como eu, têm o privilégio de conviver com Japonês.

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